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Pix para crianças: cuidados, limites e como ensinar a usar

Entenda quais cuidados os pais devem ter com a mesada e como ensinar aos filhos sobre educação financeira. 

Publicado em: 9 de outubro de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 15 minutos

Texto de: Time Serasa

Família no aeroporto recebendo uma carona de carro

Você já observou que a relação dos seus filhos com dinheiro é diferente da que você tinha quando era criança? 

Cada vez mais, os pais recorrem às transferências digitais, fazendo Pix para crianças e adolescentes, introduzindo-os no uso das finanças digitais. Para exemplificar, confira dados da pesquisa inédita de Dia das Crianças da Serasa: 

  • 28% das crianças já recebem mesada por meio de Pix, conta digital ou cartão. 
  • 36% tiveram acesso ao primeiro cartão ou conta entre os 12 e 14 anos. 
  • 39% já usam o Pix como forma de pagamento no dia a dia. 

Esse cenário também acarreta preocupações importantes:  

  • 44% dos pais apontam a segurança digital como sua maior preocupação.  
  • 38% se preocupam com o controle financeiro dos filhos. 
  • 33% temem que os filhos criem hábitos excessivos de consumo.  

Neste artigo, entenda como inserir as crianças no universo financeiro de forma saudável, como estabelecer limites, garantir a segurança digital e transformar o Pix ou a mesada digital em uma oportunidade educativa.  

Fonte: dados da pesquisa “Dia da Crianças”, realizada pela Serasa em parceria com a Opinion Box em setembro de 2025, com 1.112 pais entrevistados. 

Assista | Finanças de pais para filhos - Serasa Comportamento

Por que é importante falar sobre educação financeira infantil?

Educar financeiramente uma criança tornou-se uma necessidade, pois a tecnologia  transformou a relação dos adultos, das crianças e dos adolescentes com o dinheiro.  

Com a popularização e o acesso facilitado a smartphones e à internet, ferramentas como Pix, contas digitais e cartões começam a fazer parte do cotidiano dos filhos de forma muito rápida. 

Assim, é necessário ensinar não apenas sobre o valor do dinheiro, como também sobre segurança digital, limites e responsabilidade no uso dos recursos.  

Leia mais | Curso de educação financeira: opções gratuitas 

O que é Pix para crianças e como funciona?

O termo “Pix para crianças” se refere ao fato de os pais permitirem que menores de idade tenham acesso a contas digitais para que possam realizar pagamentos instantaneamente. 

Alguns bancos e fintechs oferecem contas júnior ou kids vinculadas à conta de um responsável legal, que pode observar as informações das movimentações realizadas e estabelecer limites.  

Leia mais | 5 opções de conta digital para menor de 18 anos 

A partir de qual idade é possível ter Pix?

O Banco Central não define uma idade mínima para que se possa ter Pix. Os bancos e as instituições financeiras definem essa regra de acordo com suas políticas internas

A seguir, apresentamos exemplos de bancos que permitem a abertura de conta para menores e as respectivas faixas etárias: 

Banco ou instituição Faixa etária
BB Cash (Banco do Brasil) De 8 a 17 anos
C6 Yellow (C6 Bank) Para menores de 17 anos e 6 meses
Conta Kids (Inter) Até 12 anos
Inter You (Inter) De 13 a 17 anos
Nubank De 6 a 17 anos

Em todos os casos listados acima, o responsável legal deve ter uma conta na instituição financeira para iniciar o processo de abertura da conta digital da criança. 

Pix é o mesmo que mesada digital?

O Pix é um meio de transferência instantânea de valores entre contas bancárias ou digitais autorizadas pelo Banco Central. 

A mesada digital é definida como um pagamento periódico realizado pelos pais ou responsáveis, que pode ser realizada via Pix ou através de cartões pré-pagos. 

Leia mais | Mesada para filhos: vale a pena? Como começar? 


Vantagens do Pix e da mesada digital na educação financeira infantil

Permitir que a criança administre sua mesada faz com ela construa consciência financeira ao tomar suas decisões de compra, priorizar desejos e necessidades, e poupar. No entanto, além da administração da conta digital, é necessário que os responsáveis abordem com as crianças as formas como o dinheiro pode ou deve ser utilizado. Assim, é possível prevenir o uso indevido ou impulsivo da mesada.

  1. Ensinar noções de valor e limite de consumo 

    Para que o Pix e a mesada digital funcionem como ferramentas educativas, é importante utilizá-los para demonstrar o valor do dinheiro e educar sobre decisões de compra. 

    ● Valor do dinheiro: ao invés de apenas dar o dinheiro, associe a mesada a tarefas ou metas concluídas (dentro do razoável para a idade). Isso ensina que o dinheiro é uma recompensa por esforço ou tempo. 

    ● Decisões de compra: quando a criança desejar algo, peça que ela verifique o saldo. Se o valor for insuficiente, ela deve priorizar o que é mais importante

    Leia mais Compras impulsivas: como evitar?

  2. Uma das técnicas mais eficazes para estimular hábitos saudáveis de gestão do dinheiro é dividir a mesada em categorias com propósitos claros. Uma sugestão de divisão é a seguinte: 

    ●Gasto imediato: para despesas diárias e pequenos desejos. Auxilia no desenvolvimento da gestão de recursos no dia a dia. 

    ●Para guardar: reservar uma parte para metas de médio a longo prazo ou emergências. 

    ●Para doar: uma pequena parte pode ser destinada à caridade. 

    A distribuição de valores entre as categorias pode variar conforme a idade da criança ou as condições da família. Uma sugestão é de 50% a 60% para os gastos imediatos, de 30% a 40% para guardar e de 5% a 10% para doações.  

    A categoria “para guardar” é uma ótima oportunidade para que a criança aprenda sobre paciência e o ato de poupar para adquirir algo mais caro. Se a conta digital permitir, crie cofrinhos com os nomes das metas. 

    Leia mais | Como poupar dinheiro para objetivos e metas  


Riscos e cuidados ao usar Pix e mesada digital com crianças

Embora haja vantagens significativas, há também riscos associados ao uso do Pix e das contas digitais por crianças. 

Por isso, a introdução das finanças digitais na rotina dos filhos deve ser acompanhada da conscientização sobre os perigos mais comuns, como: 

  • Golpes digitais e phishing: criminosos utilizam mensagens falsas, links maliciosos, anúncios e perfis falsos que imitam bancos para obter dados pessoais dos usuários.  
  • ● Exposição em redes sociais: postar comprovantes de Pix ou saldo da conta pode expor dados bancários e pessoais, número de telefone e sinalizar para terceiros que a criança possui dinheiro, tornando-a um potencial alvo.  
  • ● Perda de noção de limite: se não houver limites estabelecidos, acompanhamento e diálogo, a criança pode gastar de forma impulsiva, desenvolver uma ilusão de riqueza e perder a compreensão sobre responsabilidade financeira.  

Segurança digital para crianças: o que os pais precisam ensinar

Para proteger seus filhos, pais e responsáveis devem ensinar práticas concretas de segurança digital. As recomendações indicadas são: 

  • Uso de senhas fortes e únicas para contas e aplicativos bancários e carteiras digitais. A senha não deve ser a data de aniversário da criança e nem dos pais.  
  • Ativar a autenticação em dois fatores (2FA) nos aplicativos bancários e de pagamento que oferecem essa opção. 
  • Oriente a criança a nunca compartilhar dados sensíveis, como senhas, PINs de acesso, dados pessoais e bancários e códigos de verificação com outras pessoas. 
  • Não aceitar ofertas de dinheiro fácil nem pedidos de transferências de pessoas desconhecidas. 
  • Não clicar em e-mails ou mensagens que tentam simular comunicados de bancos ou lojas, pois podem ser tentativas de phishing. 
  • Não compartilhar comprovantes de pagamentos nas redes sociais.  
  • Não instalar aplicativos não oficiais de jogos e entretenimento. 
  • Utilizar apenas os aplicativos oficiais de bancos e instituições financeiras para fazer transações.

Definição de limites claros de consumo

Estabelecer limites ajuda a criança a desenvolver responsabilidade, autocontrole e entender que o dinheiro não é infinito. Dicas práticas que podem ajudar: 

  • O valor da mesada deve ser suficiente para cobrir pequenos desejos das crianças e adolescentes, e não suas despesas básicas (alimentação, moradia e transporte). 
  • O valor deve ser sustentável para o orçamento dos pais e responsáveis. 
  • Uma criança mais velha pode receber um valor maior se tiver mais responsabilidades financeiras, enquanto que uma mais nova deve receber menos para limitar a exposição ao erro. 
  • A criança precisa saber que, uma vez que o saldo acaba, não haverá adiantamentos ou transferências extras até a próxima mesada. Isso reforça o conceito de limite orçamentário.  
  • No aplicativo do banco, defina limites de valor para transações e o valor máximo diário para gastos. 


Com quantos anos começar a dar mesada? E qual valor?

Não existe uma regra fixa para quando iniciar a mesada ou quanto dar. A decisão sobre a quantia deve levar em consideração a maturidade da criança, a realidade financeira da família e o propósito educativo. Observe o quadro com exemplos: 

Faixa etária Foco Melhor formato Valor
De 6 a 10 anos Compreender a noção de troca e espera. Dinheiro físico, pois facilita a visualização da perda ou ganho. De R$ 6 a R$ 10 por semana para realizar pequenos desejos.
De 11 a 13 anos Aprender a gerenciar um saldo, estabelecer metas de poupança e priorizar suas vontades. Mesada paga via Pix para uma conta digital monitorada pelos pais. De R$ 40 a R$ 170 mensais para lanches na escola e pequenos hobbies.
De 14 a 17 anos Assumir mais responsabilidades financeiras. Conta digital monitorada pelos pais. De R$ 40 a R$ 170 mensais para lanches na escola e pequenos hobbies.

Importante: os valores apresentados são exemplos e podem variar conforme o orçamento da família. 

O ideal é que o valor dado à criança ou ao adolescente seja moderado para estimular escolhas, como poupar e priorizar um gasto em relação ao outro.

Formato Prós Contras
Dinheiro em espécie Ajuda na melhor visualização do que se tem. Não depende da internet e nem apresenta riscos para a segurança digital. Fácil de perder ou gastar impulsivamente. Pode haver dificuldade em revisar ou registrar os gastos.
Pix Transferência instantânea e digital. Boa forma de ensinar sobre pagamentos eletrônicos. O responsável pode acompanhar as transações e definir limites de valor. Requer conexão com a internet e de um smartphone. Há risco de uso impulsivo sem supervisão. É necessário ensinar cuidados de segurança digital para evitar golpes.
Cartão pré-pago ou digital Permite acompanhamento dos responsáveis pela notificação e a definição de limites. Sem risco de dívidas, pois se gasta o valor da recarga ou o saldo disponível na conta. Se o cartão for perdido ou roubado, pode ser bloqueado. O cartão físico funciona em pagamentos online e presenciais. Pode gerar uma falsa impressão de crédito se não for bem explicado. Existe risco de uso impulsivo sem supervisão. Nem todos os estabelecimentos aceitam cartões pré-pagos.

7 dicas práticas para ensinar educação financeira às crianças

A utilização do Pix e da mesada digital de forma inteligente transforma a educação financeira em um hábito diário. Para ajudar nesta missão, reunimos dicas simples de como fazer a criança entender o conceito de dinheiro e a desenvolver responsabilidade

  1. Explique o valor do dinheiro de forma simples 

    Ensine que o dinheiro não aparece como mágica, pois é preciso energia e tempo para obtê-lo. Associe o custo de um item ao tempo que você precisa trabalhar para conseguir aquele valor. 

  2. Use a mesada como ferramenta de aprendizado 

    Ao fornecer a mesada, combine regras claras, frequência certa e responsabilidades. Enfatize que a mesada não é um presente ou apenas uma quantia para gastar, mas sim uma ferramenta para praticar o planejamento financeiro.  

  3. Ensine a criança a anotar gastos 

    O registro de gastos contribui na educação financeira infantil, pois ensina as crianças a visualizar o destino do dinheiro. 

    Anotar num caderno ou em um aplicativo de controle financeiro auxilia na percepção dos padrões de consumo e ajuda no diálogo com os adultos. 

  4. Incentive metas e poupança para objetivos maiores 

    Estimule a criança a definir algo que queira muito (como um brinquedo, jogo ou passeio) e ajude-a a calcular quanto tempo será necessário para juntar o dinheiro. Isso reforça a paciência e o planejamento.

  5. Estimule doações e solidariedade 

    Reservar uma parte da mesada para doações ensina valores de empatia e mostra que o dinheiro não serve apenas para consumo próprio, reforçando seu impacto social

  6. Relacione educação financeira ao tempo de tela e consumo digital 

    Com tanta publicidade, aplicativos de compras, jogos que cobram dinheiro por itens e anúncios, as crianças e adolescentes podem se sentir superestimados.  

    É importante explicar por que sentimos vontade de comprar algo após assistir a vídeos nas redes sociais, e estabelecer limites no uso de aplicativo

  7. Seja um exemplo 

    Mostre que você também tem objetivos financeiros, que guarda dinheiro e planeja suas compras. A transparência financeira é uma boa ferramenta educativa, desde que adequada à idade da criança.  

    Leia mais | Educação financeira para os filhos: como começar 


Como a Serasa pode auxiliar os pais na educação financeira infantil

Quando bem orientado, o uso da mesada ajuda a formar hábitos saudáveis, consciência do valor do dinheiro e controle sobre desejos impulsivos.  

No entanto, esse processo exige supervisão, ensino sobre segurança digital, diálogo constante e exemplo dos próprios pais e responsáveis.  

Para manter a organização financeira familiar e garantir que a mesada dos filhos não pese no bolso, conte com as ferramentas da Serasa que auxiliam na manutenção da segurança financeira. 


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Perguntas frequentes sobre Pix para crianças e mesada digital

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