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Real Digital: entenda a moeda virtual brasileira

O Banco Central deu início à criação do projeto-piloto do Real Digital, que deve modernizar o sistema bancário

Publicado em: 18 de maio de 2023

Autora: Mariana Furlan


O Banco Central está organizando a criação do projeto-piloto do Real Digital, a versão virtual da moeda brasileira. O Brasil segue uma tendência dos bancos centrais do mundo, que têm estudado e testado projetos de Moeda Digital de Banco Central (Central Bank Digital Currency – CBDC, em inglês).

A proposta da moeda é a digitalização do Real, diferente do conceito de criptomoedas, por exemplo. Confira a seguir o que já se sabe sobre o projeto e como o Real Digital vai operar na economia brasileira.

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O que é o Real Digital

O Real Digital é a versão brasileira das Central Bank Digital Currency (CBDC), as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais dos países. Virtualizar as moedas é uma tendência das principais economias mundiais e no Brasil, por enquanto, ainda se trata da criação de um projeto-piloto.

Ele será a representação digital do Real físico e terá o mesmo valor. Portanto, 1 Real Digital será equivalente a um 1 Real em papel-moeda. A versão inicial do Real Digital deve ser uma forma a mais de lidar com o dinheiro, com foco no uso online.

Como moeda oficial do país, será emitida e controlada pelo Banco Central. Essa transição também é chamada de tokenização da moeda: no vocabulário econômico, tokenizar é transformar algo que tem valor (como dinheiro, produtos ou imóveis) para o formato digital.  

A moeda virtual vai entrar agora em uma fase de testes com outras instituições financeiras do país. A previsão é lançar o Real Digital até o final de 2024.

Como vai funcionar o Real Digital

A economia brasileira já é considerada bastante virtual, principalmente depois do Pix, que é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Ou seja, mesmo sem ter uma moeda digital atualmente, a digitalização no Brasil já começou: de acordo com dados do Banco Central, hoje apenas 3% do dinheiro disponível para as operações no país estão na forma de papel e moeda. Em 2022, o Pix movimentou quase R$11 trilhões.

Na prática, o Real Digital não terá tanto impacto no dia a dia do cidadão comum. Ele não será operacionalizado pelo público. A moeda trará mais mudanças na relação entre o Banco Central e as instituições financeiras, como um novo serviço e uma nova forma de compartilhamento de dados. Com o Real Digital, a proposta é que as transações de todas as operações do sistema bancário sejam unificadas em uma mesma base de dados.

Por isso, o Real Digital vem sendo chamado de “Pix dos serviços financeiros”.

Leia também | Como funcionam os bancos digitais

Como comprar Real Digital?

O Real Digital vai operar mais na infraestrutura do sistema bancário e, para o cidadão comum, deve deixar algumas negociações mais seguras. Em princípio, porém, não deve ser usada diretamente no dia a dia. Portanto, diferentemente da criptomoeda, não estará disponível para compra.

Real Digital: Banco Central coloca foco nas transações

De acordo com o Banco Central, a digitalização da moeda vai facilitar transações e estimular a inovação de produtos no ambiente virtual – o chamado ecossistema de negócios.

E uma dessas possibilidades que deve estar disponível no Brasil nos próximos anos são os smart contracts (contratos inteligentes). Com o Real Digital, o Banco Central consegue criar uma plataforma com um sistema oficial de pagamentos, para programar transações de modo automático e reconhecido pelo Estado. É o dinheiro programável. Esse tipo de contrato permite, por exemplo, transações de veículos e imóveis entre pessoas de forma direta, sem intermediários.

Atualmente, em uma negociação de compra e venda de um imóvel é preciso aguardar a confirmação do pagamento para a finalização da operação. Uma das partes corre o risco de ser prejudicada nesse processo se a outra não cumprir o combinado. Em um sistema de smart contract, pagamento e transação estão em uma mesma plataforma e ocorrem simultaneamente. Isso deixa o negócio muito mais seguro para quem compra e para quem vende.

Como o projeto da moeda digital ainda está sendo desenhado, é cedo para prever todas as implicações na economia brasileira e as novas formas de uso.

Real Digital é a mesma coisa que criptomoeda?

Não, e é muito importante diferenciar esses dois conceitos. As criptomoedas, ou ativos digitais, são espécies de moedas virtuais, porém não são reguladas pelo Banco Central. Por isso, não têm as mesmas garantias nem a mesma solidez de uma moeda oficial.

Além disso, as criptomoedas fazem parte do ambiente de investimentos financeiros, e por isso o valor delas está sujeito a especulações e variações de mercado. O Real Digital sempre terá o mesmo valor, garantido pelo Banco Central.

Entretanto, o Real Digital usará os mesmos princípios de segurança das criptomoedas.

Leia também | Conheça o ABC das criptomoedas

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