O que é cooperativismo

Tudo sobre cooperativismo, modelo de negócio que está em ascensão no mundo.

pessoas de diversas raças batendo as mão juntos

Publicado em: 28 de julho de 2023

Autora: Elaine Ortiz


O cooperativismo é mais antigo do que parece. Existe desde 1844 no mundo, e no Brasil teve início em 1889, ano da Proclamação da República. Entenda melhor o que é esse modelo de negócio, como surgiu, seu funcionamento, princípios e benefícios. Saiba também como a ideia pode estar associada a bons hábitos de consumo e de organização financeira.

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Afinal, o que é cooperativismo?

É comum ouvirmos a frase “juntos somos mais fortes”. Mais que mera frase de efeito, esse é um dos princípios mais fortes do cooperativismo, que acredita na ideia de que todos prosperam quando unidos por um objetivo comum.

Basicamente, a ideia do cooperativismo é que todas as pessoas envolvidas na cooperativa evoluam juntas. Por isso, todos os cooperados são donos e cuidam dos interesses comuns da cooperativa. Isso permite aliar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social.

Assim, o cooperativismo pode ser definido como a colaboração entre pessoas em prol do interesse de todas elas. Ao se unirem, elas são capazes de obter vantagens mais rapidamente.

Esse conceito surgiu na Inglaterra em 1844, quando algumas pessoas decidiram se unir para comprar alimentos em grande quantidade por um preço mais baixo, montando uma espécie de armazém para consumo dos integrantes da cooperativa.

A ideia deu muito certo e a cooperativa de Rochdale (cidade onde o cooperativismo surgiu) passou de 28 sócios para 3450 em apenas 12 anos.

No Brasil, a cultura cooperativista surgiu no fim do século XIX, mais localizada em Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O responsável pela chegada do modelo cooperativista ao país foi o padre jesuíta suíço Theodor Amstad, que atuou no Rio Grande do Sul e reuniu 19 lideranças comunitárias para construir a Caixa de Economias e Empréstimos, que levava seu sobrenome (hoje a organização é denominada Sicredi Pioneira RS).

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Como funciona o cooperativismo

As regras para o funcionamento do cooperativismo no Brasil estão descritas na Lei Nº 5.764/71, que define a Política Nacional de Cooperativismo.

Segundo a lei, as cooperativas não podem visar ao lucro, mas sim à prestação de serviços aos associados.

As cooperativas são formadas por indivíduos que exercem uma atividade econômica em comum.

Assim, uma cooperativa pode, por exemplo, oferecer empréstimos a juros baixos, ajudar produtores rurais na compra de equipamentos para o trabalho, promover cursos de capacitação, entre outras possibilidades.

O importante é saber que no cooperativismo todos os cooperados têm voz e poder de decisão, e isso garante que os interesses coletivos sejam considerados sempre.

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Tipos de cooperativismo

As sociedades cooperativas podem se organizar de diferentes maneiras, de acordo com o porte e as características do negócio. Em linhas gerais, as cooperativas estão divididas em três instâncias. São elas:

  • ●      Singular: cooperativa única, que tem contato direto com o associado e a prestação de serviço do segmento em que a cooperativa atua.
  • ●      Central ou federação: união das cooperativas singulares.
  • ●      Confederação: união de três ou mais cooperativas centrais.

Principais segmentos do cooperativismo

Segundo dados do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), uma em cada sete pessoas no mundo está ligada ao cooperativismo. O movimento está presente em pelo menos 100 países e é responsável por 250 milhões de empregos.

Essa amplitude é justificada até mesmo pela quantidade e variedade de segmentos em que o cooperativismo atua. Os principais são:

  • ●      Agropecuário: abrange as cooperativas de produtores rurais, pescadores, entre outras.
  • ●      Crédito: é composto por cooperativas que prestam serviços financeiros, como empréstimo, financiamento e aplicações com taxas mais baixas e com menos burocracia.
  • ●      Transporte: os cooperados devem ser proprietários dos veículos em circulação (táxi, ônibus, transporte escolar, frete de mercadorias, entre outros).
  • ●      Trabalho, produção de bens e serviços: neste segmento as organizações surgem para elevar a remuneração e as condições de trabalho de determinada categoria.
  • ●      Saúde: são cooperativas formadas por médicos, dentistas ou outros profissionais da área ou usuários comuns para a constituição de uma operadora de plano de saúde.
  • ●      Consumo: existem para viabilizar a compra coletiva de produtos ou serviços com preços menores.
  • ●      Infraestrutura: fornece imóveis, energia elétrica, rede de telefonia e outros serviços essenciais.


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Princípios do cooperativismo

Qualquer cooperativa, independentemente do segmento de atuação, tem como norteadores os seguintes princípios:

  1. Adesão voluntária e livre: qualquer pessoa interessada em participar de uma cooperativa é bem-vinda, sem discriminação ou preconceito.


  2. Gestão democrática: todos os membros controlam as decisões da cooperativa.


  3. Participação econômica dos membros: os cooperados têm o dever de contribuir com o capital da organização e o montante se torna propriedade comum da cooperativa.


  4. Autonomia e independência: as cooperativas, mesmo quando firmam acordos com outras organizações públicas ou privadas, precisam manter o controle nas mãos dos membros para garantir seus interesses comuns.


  5. Educação, formação e informação: as cooperativas ajudam a desenvolver as comunidades nas quais estão inseridas com palestras, cursos, entre outras atividades de capacitação.


  6. Intercooperação: pode haver cooperativas regionais, nacionais, internacionais atuando unidas por uma causa comum.


  7. Interesse pela comunidade: a cooperativa tem foco na comunidade local, visando a seu desenvolvimento sustentável.


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Cooperativismo e bons hábitos de consumo e organização financeira

O cooperativismo pode ser um modo de viver para muitas pessoas. Por exigir participação, reflexão, comprometimento, solidariedade e respeito, ele já incentiva que as pessoas tenham bons hábitos de consumo, façam escolhas mais conscientes e sejam organizadas financeiramente.

Afinal, quem integra uma cooperativa em tese tem essa visão de que o micro impacta o macro e leva isso como estilo de vida, prestando atenção em tudo que consome, por exemplo.

Além disso, ainda pensando em finanças, existem as cooperativas de crédito cujo objetivo é incluir as pessoas no sistema financeiro, fornecendo crédito geralmente com juros mais baixos e condições de pagamento facilitadas.

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