INSS devolve descontos indevidos de abril: entenda o reembolso
INSS devolve descontos indevidos de abril: entenda o reembolsoData de publicação 30 de maio de 20257 minutos de leitura
Atualizado em: 27 de maio de 2025
Categoria Consultar CPFTempo de leitura: 9 minutosTexto de: Time Serasa
A recente operação que revelou um grande golpe contra aposentados do INSS, em um esquema que aplicava descontos indevidos em benefícios, acendeu o alerta para a fragilidade deste sistema e a vulnerabilidade das pessoas mais idosas.
O escândalo das fraudes no INSS, é o caso de maior repercussão, mas infelizmente há muitos outros golpes aos quais aposentados e pensionistas estão diariamente expostos.
Cientes da necessidade de atualização de informações dos beneficiários, por exemplo, há criminosos que fazem abordagens por telefone, e-mail ou mensagem por celular para obter indevidamente dados pessoais. Há ainda a tentativa de convencer os aposentados a contratarem falsos empréstimos consignados ou mesmo adiantamento fictício do 13º salário.
Para prevenir a ação de criminosos, é importante conhecer as formas mais comuns de golpe e alertar amigos e familiares sobre os riscos.
Diferente de um trabalhador em atividade, os aposentados têm uma renda garantida vitalícia – e mesmo quando o benefício é de valor baixo, essa estabilidade de rendimentos atrai golpistas.
A aposentadoria do INSS permite também fazer empréstimos consignados, que têm as parcelas descontadas diretamente do benefício e costumam ser liberados com facilidade. Alguns criminosos conseguem contratar esse crédito usando os dados pessoais dos aposentados.
Essas informações muitas vezes são acessadas ao entrar em contato com o próprio beneficiário, passando-se por um atendente de banco, por exemplo. Sem desconfiar de que se trata de um golpe, a vítima acaba cedendo dados importantes ao criminoso. Como parte dos aposentados é de uma geração com pouca intimidade com a tecnologia, isso os deixa ainda mais expostos a este tipo de crime.
Fraude no INSS
Em abril de 2025, a Polícia Federal revelou que, entre 2019 e 2024, milhares de aposentados tiveram descontos irregulares nos seus benefícios. Os descontos eram identificados como mensalidades cobradas por associações, mas os beneficiários não haviam autorizado a cobrança. Esta é considerada uma das maiores fraudes ao sistema da Previdência Social do país.
Benefício bloqueado
O aposentado recebe a ligação de um falso atendente do INSS alertando para o bloqueio iminente do benefício por desatualização de dados cadastrais. O falso atendente argumenta que para atualizar é fácil, basta que o aposentado lhe forneça informações como CPF, endereço, data de nascimento, dados bancários, número do cartão do INSS e outras informações.
Com os dados em mãos, o criminoso começa a cometer fraudes usando o nome do segurado.
Agendamento de perícia médica
A perícia médica deve ser feita periodicamente por alguns segurados de benefícios por incapacidade. Sabendo disso, os criminosos fazem contato com as vítimas para agendar a consulta. Nesse contato, solicitam informações pessoais do beneficiado, como endereço, RG, CPF, dados bancários e até senhas, se sentir que conquistou a confiança da vítima.
O INSS alerta para que o segurado não forneça seus dados. O instituto apenas pede informações ou documentos pelo sistema Meu INSS. As convocações poderão chegar por carta, notificação do banco pagador, e-mail ou publicação no Diário Oficial da União - e sempre estarão registradas no perfil do segurado no site Meu INSS com prazo e orientações para agendamento.
Prova de vida digital
Os criminosos ligam para aposentados e pensionistas alertando sobre a necessidade de realizar uma prova de vida digital, modalidade nova criada em razão da pandemia de covid-19.
Para a operação, o falso atendente do INSS pede para a vítima confirmar os dados pessoais e bancários. Depois solicita o envio de uma foto atual e dos documentos digitalizados. Com os dados confirmados e a foto do documento, os criminosos podem realizar fraudes financeiras.
Valores atrasados a receber mediante taxa
O golpe é antigo e pode ser praticado por telefone ou e-mail. Um falso atendente do INSS faz contato com a vítima e a informa sobre supostos valores de benefícios atrasados que teriam sido liberados para o segurado, com atualização e correção de juros. Surpreso e contente com o dinheiro extra, o aposentado informa os dados pessoais.
Na segunda etapa, é cobrada uma taxa administrativa a ser depositada pelo beneficiário para que o pagamento seja liberado. Essa cobrança é feita por um falso boleto ou transferência de valores direto para uma conta.
Antecipação do 13º salário
Nos últimos anos, a duas parcelas do 13º salário dos aposentados do INSS têm sido pagas no primeiro semestre do ano. Os criminosos, cientes desse calendário, fazem contato com o segurado para oferecer um adiantamento dos valores mediante uma taxa. O falso atendente de uma financeira solicita dados e cópia dos documentos para autorizar a operação. O aposentado que recebe a oferta paga a taxa e envia as informações, porém não recebe o dinheiro.
Golpe do consignado do INSS
Quando conseguem os dados do aposentado, os criminosos também podem aplicar o golpe do consignado, quando um empréstimo é feito em nome do beneficiário, sem o seu conhecimento. O dinheiro cai na conta do segurado, porém as parcelas com juros também. Para o golpista, a vantagem é ficar com as comissões que remuneram o agente de crédito e a instituição responsável por intermediar o empréstimo.
Além disso, esse golpe pode ter um desdobramento. O aposentado às vezes liga de volta para o mesmo número do criminoso que pediu seus dados (que pode ter se passado por um funcionário de banco, por exemplo). Ao exigir o cancelamento do empréstimo, recebe a informação de que a operação pode ser suspensa se o dinheiro for devolvido por Pix – e o beneficiário acaba transferindo o dinheiro para a conta dos golpistas.
Nas práticas criminosas citadas acima, há uma característica que costuma se repetir nestes contatos: a pressão psicológica. Os golpistas costumam coagir e explorar vulnerabilidades, exigindo dados ou depósitos urgentes, usando como justificativa a possibilidade do cancelamento do benefício, por exemplo.
Esse tipo de golpe é conhecido como engenharia social, tática que usa meios digitais ou conversas telefônicas para enganar, acionar a emoção e construir confiança na relação com a vítima.
Leia também | Cresce o golpe do crédito não solicitado
A atitude preventiva e o monitoramento do CPF são fundamentais para cuidar dos seus dados pessoais. Ao acompanhar as movimentações no seu CPF, fica mais fácil rastrear possíveis fraudes usando o seu nome.
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