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Entenda o que vai mudar no Imposto de Renda 2026

Principais mudanças no Imposto de Renda em 2025: o que é importante saber

Atualizado em: 10 de outubro de 2025

Categoria Carteira DigitalTempo de leitura: 11 minutos

Texto de: Time Serasa

Imposto de Renda

Em outubro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. A proposta ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionada pelo governo para entrar em vigor, mas pode valer já a partir de janeiro de 2026. 

Por isso a declaração de Imposto de Renda 2025 terá novidades importantes que podem trazer impactos diretos aos contribuintes brasileiros. Para evitar surpresas e garantir seus direitos, é fundamental entender o que vai mudar no Imposto de Renda

Entenda aqui as principais novidades. 

Novas regras de isenção do IR: o que muda em 2026

Em outubro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que pode mudar significativamente o Imposto de Renda para milhões de brasileiros. A proposta amplia a isenção para quem ganha até R$ 5.000 por mês brutos e cria descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350 por mês. 

Entenda como funcionam as novas regras e quem será beneficiado. 

Comparativo: como eram as regras antigas e como ficam as novas

Regras antigas (até 2025): 

  • Isenção para quem ganha até R$ 2.824 por mês (R$ 33.888 por ano) 
  • Quem ganha acima disso já começa a pagar imposto 

Novas regras (a partir de 2026): 

  • Isenção ampliada para quem ganha até R$ 5.000 por mês (R$ 60.000 por ano) 
  • Desconto progressivo para quem ganha entre R$ 5.001 e R$ 7.350 por mês 
  • Mais de 15 milhões de pessoas deixarão de pagar IR ou pagarão menos 

Quanto você vai economizar? Exemplos práticos

Para entender melhor o impacto das novas regras, veja quanto cada faixa de renda vai economizar por mês e por ano: 

Exemplo 1: Salário de R$ 3.650 

  • Economia mensal: R$ 88,24 
  • Economia anual: R$ 1.147,12 (considerando 13º salário) 

Exemplo 2: Salário de R$ 5.000 

  • Economia mensal: R$ 312,89 
  • Economia anual: R$ 4.067,57 (considerando 13º salário) 

Exemplo 3: Salário de R$ 6.000 

  • Economia mensal: R$ 179,75 
  • Economia anual: R$ 2.336,75 (considerando 13º salário) 

Exemplo 4: Salário de R$ 7.000 

  • Economia mensal: R$ 46,60 
  • Economia anual: R$ 605,86 (considerando 13º salário) 

Tabela completa de simulações

Veja quanto você pode deixar de pagar com as novas regras, de acordo com sua renda mensal: 

Renda mensal Ganho por mês Ganho anualGanho %
R$ 3.036,00 - - 0,00%
3.400,00R$ 27,30 R$ 354,89 10,44%
R$ 3.600,00 R$ 84,76R$ 1.101,89 19,77%
3.800,00R$ 84,76 R$ 1.101,89 29,00%
R$ 4.000,00 R$ 114,76 R$ 1.491,89 37,30%
4.200,00R$ 144,76 R$ 1.881,89 44,81%
R$ 4.400,00 R$ 177,89 R$ 2.312,57 52,56%
R$ 4.600,00 R$ 222,89 R$ 2.897,57 62,99%
R$ 4.800,00 R$ 267,89 R$ 3.482,57 72,55%
R$ 5.000,00 R$ 222,89 R$ 4.067,57 81,35%
R$ 5.200,00 R$ 286,27 R$ 3.721,46 71,57%
R$ 5.400,00 R$ 286,27 R$ 3.375,2862,51%
5.600,00R$ 233,01 R$ 3.029,10 54,09%
R$ 5.800,00 R$ 206,38 R$ 2.682,93 46,26%
R$ 6.000,00 R$ 179,75 R$ 2.336,75 38,95%
R$ 6.200,00 R$ 153,12R$ 1.990,57 32,11%
R$ 6.400,00 R$ 126,49 R$ 1.644,40 25,69%
R$ 6.600,00 R$ 99,86 R$ 1.298,22 19,67%
R$ 6.800,00 R$ 73,23 R$ 952,04 14,00%
R$ 7.000,00 R$ 46,60 R$ 605,86 8,66%
R$ 7.200,00 R$ 19,98 R$ 259,69 3,61%
R$ 7.350,00 000,00%

13 meses (incluindo 13º salário) **Percentual em relação ao salário mensal 

Fonte: Confirp Contabilidade / Infográfico elaborado em: 01/10/2025 

Descontos progressivos para quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.350

Quem ganha entre R$ 5.001 e R$ 7.350 por mês não ficará isento totalmente, mas terá um desconto progressivo. Isso significa que o desconto vai diminuindo aos poucos conforme o salário aumenta. 

Veja como funciona: 

  • ● R$ 5.000: desconto de 100% (isenção total) 
  • ● R$ 5.500: desconto vai reduzindo gradualmente 
  • ● R$ 6.000: desconto de 50% aproximadamente 
  • ● R$ 7.000: desconto pequeno 
  • ● R$ 7.350: sem desconto (volta à tabela normal) 

Acima de R$ 7.350, nada muda — a pessoa continua pagando conforme a tabela progressiva atual do Imposto de Renda. 

Como o governo vai compensar a perda de arrecadação?

A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 vai custar cerca de R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026. 

Para compensar essa perda, o governo vai cobrar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600.000 (mais de R$ 50.000 por mês). 

Importante: essa nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos. Quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.

Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto?

Sim. Pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600.000 estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. 

O imposto aumenta de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos: 

● R$ 600.001 por ano: paga cerca de R$ 0,10 de imposto 

● R$ 601.000 por ano: paga R$ 100,17 de imposto 

● R$ 605.000 por ano: paga R$ 504,17 de imposto 

● R$ 610.000 por ano: paga R$ 1.016,67 de imposto 

● R$ 615.000 por ano: paga R$ 1.537,50 de imposto 

Essa mudança corrige uma distorção comum: muitas pessoas de alta renda declaram um salário baixo (sujeito a poucos impostos) e recebem a maior parte dos ganhos como distribuição de lucros, que atualmente é isenta. 

Quando essas mudanças passam a valer?

O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro de 2025, mas ainda precisa: 

  1. 1.Ser aprovado pelo Senado Federal 
  2. 2.Ser sancionado pelo presidente Lula 

Se tudo for aprovado ainda em 2025, as novas regras devem valer a partir de janeiro de 2026. Isso significa que o impacto aparecerá na declaração do Imposto de Renda feita em 2027 (referente ao ano de 2026). 

Quem tem salário CLT e ganha mais de R$ 50.000 por mês será mais taxado?

Quem tem salário CLT e ganha mais de R$ 50.000 por mês será mais taxado? (H3) 

Não. Quem tem vínculo CLT (carteira assinada) já tem o imposto retido na fonte, seguindo a tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Nada muda para essas pessoas. 

A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte. Ela impacta apenas lucros e dividendos distribuídos acima de R$ 600.000 por ano.

Como organizar as finanças para o Imposto de Renda

Não é necessário esperar até abrir o período da declaração do Imposto de Renda para organizar a documentação. Criar o hábito de revisar as finanças de forma periódica ao longo do ano pode evitar erros, esquecimentos e até reduzir o imposto devido. 

Algumas boas práticas que podem ser adotadas incluem: 


Registre todas as receitas e despesas

Fazer um controle mensal de todas as receitas e despesas não permite só manter as finanças em ordem. Também ajuda a evitar omissões, identificar deduções e garantir que nenhuma informação fique de fora da declaração do Imposto de Renda. 

Para isso, é possível: 

  • Usar uma planilha de controle financeiro ou aplicativo de finanças pessoais 
  • Categorizar os lançamentos, separando fontes de renda (salário, aluguel, investimentos) e despesas (saúde, educação, transporte) 
  • Acompanhar regularmente seus extratos bancários e faturas de cartão de crédito 

Classifique suas despesas e receitas corretamente

Ao separar seus gastos por categoria, fica mais fácil identificar despesas que podem ser deduzidas no IR, como: 

  • ● Saúde: consultas médicas, exames, cirurgias e planos de saúde; 
  • ● Educação: mensalidades escolares, cursos técnicos e faculdades; 
  • ● Previdência privada: contribuições para planos PGBL; 
  • ● Dependentes: gastos com filhos ou outros dependentes legais. 
  • Essa organização evita que valores sejam esquecidos e possibilita uma declaração mais vantajosa. 

Guarde os comprovantes de pagamento

A Receita Federal pode solicitar documentos que comprovem as informações declaradas. Por isso, é fundamental armazenar recibos e notas fiscais referentes a despesas dedutíveis. Alguns cuidados incluem: 

  • Guardar os documentos por pelo menos 5 anos, prazo que a Receita tem para solicitar comprovação; 
  • Digitalizar comprovantes para facilitar o acesso e evitar perda; 
  • Conferir se os recibos contêm informações completas, como nome, CPF ou CNPJ e descrição detalhada do serviço ou produto. 

Monitore investimentos e rendimentos financeiros

Quem possui investimentos, como ações, fundos, CDBs ou Tesouro Direto, também precisa acompanhar a tributação sobre os rendimentos. 

Algumas dicas: 

  • Verifique o informe de rendimentos disponibilizado por bancos e corretoras; 
  • Fique atento ao recolhimento mensal do imposto via carnê, no caso de ganhos com aluguel ou trabalho autônomo; 
  • Mantenha o controle sobre os lucros e tributações pagas fora do país, em caso de aplicações feitas fora do país. 


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Perguntas frequentes sobre a isenção do IR 2026

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