Corte de juros: como ele impacta o dia a dia

Saiba o que significa corte de juros e como pode impactar a rotina dos brasileiros

homem dividindo no meio quatro blocos com o símbolo de porcentagem

Publicado em: 28 de julho de 2023

Autora: Sâmia Frantz


A Selic subiu, a Selic caiu, a Selic ficou no mesmo patamar. As notícias reportam dessa forma as variações da taxa básica de juros, mas nem todo mundo percebe o que elas representam na prática, nem mesmo quando há corte de juros.

O movimento da Taxa Selic é um fenômeno normal e crucial para a economia do país. Ele é como um termômetro que indica o nível de juros presenta na economia do Brasil em determinado período.  

Neste artigo vamos entender o que significa o corte de juros e o que isso tem a ver com a vida dos brasileiros.

O que é corte de juros

O corte de juros nada mais é que a redução da taxa de juros, medida em porcentagem. Ele acontece por decisão do Banco Central ou da autoridade monetária de um país, com base no cenário econômico em que ele se encontra naquele momento. 

A taxa de juros, por sua vez, é o custo do empréstimo de dinheiro. No Brasil, ela é conhecida como Taxa Selic, considerada o indicador econômico mais importante do país e uma referência para o funcionamento da economia. Na prática, isso significa que a Selic influencia todas as outras taxas de juros praticadas no país e causa impacto direto na vida das pessoas.

Os bancos, portanto, se baseiam nela para definir os juros a serem cobrados nos empréstimos ou pagos a título de investimento, por exemplo. Na outra ponta, as finanças de uma família também sentem esse movimento, pois ele impacta também os juros de um financiamento ou empréstimo. Também mexe com o rendimento de quem tem dinheiro investido, seja na poupança, seja em títulos públicos ou em outras aplicações.

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A lógica do sobe e desce da Taxa Selic

A Taxa Selic foi criada em 1979 e, além de ser o principal indicador econômico do país, é também a principal ferramenta para controlar a inflação. Quando ela sobe, a inflação tende a cair. Quando ela desce, a inflação tende a subir. 

Funciona assim:

  • ● Aumentar a Selic pode causar uma desaceleração da economia, segurando o aumento dos preços e desestimulando a produção. Isso impede que a inflação fique muito alta.
  • ● Baixar a Selic pode causar um estímulo ao consumo que aquece a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.

 

Quem decide essa flutuação da Taxa Selic é o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Esse órgão se reúne a cada 45 dias para decidir se a taxa deve subir, descer ou permanecer igual.

Essa decisão, no entanto, não é arbitrária. Ela se baseia na análise de diversos fatores, como os indicadores de inflação, o câmbio do dólar, as taxas de juros de outros países, a taxa de emprego e desemprego, a capacidade produtiva da economia e as condições econômicas da população, por exemplo.

Os efeitos do sobe e desce da Selic pode levar tempo para serem absorvidos pela economia e refletidos no dia a dia das pessoas. Na última vez que a Selic alcançou o patamar mais alto (ultrapassando 14 pontos percentuais no fim de 2015, por exemplo), o país passava por um momento de instabilidade na economia, com inflação acelerada e as famílias com dificuldade de fazer empréstimos ou compras parceladas. 

Após cinco anos, a Selic passou por sucessivas quedas. Em 2020, por exemplo, o país encerrava o ano com a Selic em 2%.

Assista | Taxa Selic: o que é e como funciona


O que acontece quando há corte de juros

Quando o Banco Central decide pela redução da Taxa Selic, geralmente o faz como uma medida para estimular o crescimento econômico. A economia ganha um gás, o que incentiva o consumo e faz o dinheiro circular. 

O consumidor logo percebe os efeitos disso. Os empréstimos em bancos, o financiamento de bens, as compras a prazo, os crediários e até a rentabilidade dos investimentos financeiros, tudo é impactado pelas variações da Selic. 

No caso de corte de juros, os reflexos são bem específicos. Veja alguns:

Crédito

Quando a Selic cai, normalmente fica mais fácil conseguir crédito no mercado. Ele passa a ficar mais acessível para as famílias, já que as instituições financeiras tendem a reduzir as taxas para estimular o consumo.

Empréstimos e financiamentos

O corte de juros pode tornar empréstimos e financiamentos mais baratos. Assim as pessoas conseguem obter crédito com taxas de juros mais baixas, o que pode incentivar o consumo e facilitar a compra de bens duráveis, como carros e imóveis.

Quem pretende financiar a compra de um carro novo, por exemplo, vai sentir as parcelas mais baratas, o que reflete no valor final menor.

Aluguéis

O corte de juros pode interferir até mesmo no valor do aluguel. Isso porque os proprietários podem ter custos menores com financiamento imobiliário e isso pode refletir também no valor a ser repassado ao consumidor.

Dívidas

O corte de juros pode também diminuir a inadimplência e o endividamento, pois menos gastos com juros podem significar mais facilidade em arcar com as parcelas de um empréstimo, por exemplo.

Mercado de ações

O corte de juros também pode trazer impacto ao mercado de ações. A queda na Selic pode tornar o investimento em ações mais atraente em relação a outros, como a própria renda fixa, que depende de juros altos para ser rentável. Isso não só pode levar a um aumento na demanda por ações como também impulsionar os preços de compra e venda.

O lado negativo do corte de juros

O corte de juros pode até parecer o melhor dos mundos à primeira vista, mas também pode trazer consequências negativas. Isso porque o consumo maior das famílias brasileiras também tende a causar aumento da inflação. 

Os gastos aumentam, mas os investimentos em aplicações de renda fixa deixam de ser feitos na mesma proporção, já que o rendimento passa a ser consideravelmente menor. Poupança, títulos do Tesouro Direto, CDBs, debêntures e outros investimentos passam a pagar menos do que antes, o que acaba desestimulando.

Neste cenário, muita gente prefere gastar o dinheiro em vez de guardá-lo. É o reflexo do incentivo ao consumo, o que também pode levar as famílias e as empresas ao endividamento excessivo.

Leia também | Confira a previsão da taxa de juros 2023 e onde investir dinheiro

Selic em queda: facilidade de acesso ao crédito

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