Acumuladores compulsivos: o que é e como lidar

O comportamento pode levar a dificuldades de relacionamento e a problemas financeiros.

Publicado em: 23 de maio de 2023

Autora: Mariana Furlan


Todo mundo tem relação sentimental com alguns objetos e eventualmente pode ter dificuldade de se desfazer do que não precisa mais. Há cenários, porém, em que esse comportamento toma proporções além do que seria normal. É o que acontece com os acumuladores compulsivos, que acumulam objetos sem utilidade e muitas vezes sem valor real.

Em alguns casos o acúmulo também vem acompanhado do consumo compulsivo e, consequentemente, de problemas financeiros. Veja o que caracteriza um acumulador compulsivo e como ajudar quem enfrenta esse transtorno. 

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O que é acúmulo compulsivo

O acúmulo compulsivo ocorre quando uma pessoa tem forte impulso em guardar e às vezes de adquirir objetos. Para um acumulador, é muito difícil se desfazer de algo: a sensação é de que os objetos podem sempre ser necessários em algum momento. Com o tempo, esse comportamento transforma a casa – e a vida – das pessoas. O lar fica intransitável e os acumuladores tendem a se isolar, por sentir vergonha das condições em que vivem.

É diferente do comportamento de um colecionador, por exemplo. As pessoas leigas, que não têm conhecimento em saúde mental, podem de fato confundir um acumulador com uma pessoa que tem muitas coleções, por exemplo.

Esse é um assunto sério e, embora muitos acumuladores compulsivos sejam rotulados como desorganizados e preguiçosos, a condição é considerada transtorno mental. De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, pelo menos 2,6% da população mundial é formada de acumuladores compulsivos, percentual que aumenta entre pessoas acima de 60 anos ou com outros diagnósticos psiquiátricos. Pessoas acumuladoras costumam ter dificuldade em tomar decisões e, apesar de parecer contraditório, elas também podem ter traços perfeccionistas.

Quais os sinais de um acumulador compulsivo?

Alguns comportamentos podem acender um sinal de alerta. Se identificar esse perfil em pessoas próximas, talvez elas precisem de suporte para lidar com a situação:

  • ●      Dificuldade para se desfazer de objetos, qualquer que seja o valor deles.
  • ●      A pessoa não permite que amigos e parentes visitem sua casa.
  • ●      O acúmulo desorganiza as áreas de convívio, não apenas porões ou o “quarto da bagunça”.
  • ●      Pela dificuldade em organizar e limpar tantos objetos, a higiene doméstica fica afetada.
  • ●      Os ambientes da casa perdem a função. Por exemplo, não é mais possível cozinhar na cozinha ou dormir no quarto, devido à quantidade de objetos acumulados.


Como lidar com acumuladores compulsivos

Ao identificar esse comportamento em um parente ou amigo, é importante lembrar que se trata de transtorno e que é preciso orientação profissional. Em muitos casos, quem acumula coisas de forma compulsiva também vive uma desorganização na rotina e pode estar falhando no cuidado da própria saúde e da higiene pessoal.

Não force a pessoa a se desfazer dos objetos. Aborde o problema com empatia e ofereça ajuda para procurar auxílio profissional. O principal acompanhamento costuma ser o psicoterapêutico, mas também pode ser necessário o tratamento medicamentoso, prescrito por psiquiatra.

Quando o acúmulo compulsivo gera problemas financeiros

Em alguns casos os acumuladores compulsivos são também compradores compulsivos, e um comportamento leva ao outro. Não necessariamente essas questões estão associadas, mas quando ocorrem juntas podem desencadear outra situação delicada: problemas financeiros.

Comprar muitas coisas por impulso pode levar a um acúmulo futuro. Os compradores compulsivos sentem uma grande satisfação momentânea no ato da compra, mas que se transforma em arrependimento logo depois. O consumo desenfreado, acima da capacidade de pagamento, inevitavelmente tem impacto nas finanças. Mesmo que a pessoa receba um bom salário, acaba se vendo amarrada em empréstimos e dívidas.

Esse comportamento também é um transtorno que precisa de atenção profissional. Entretanto, todos nós estamos sujeitos a fazer compras por impulso, especialmente em momentos de vulnerabilidade emocional. O importante é prestar atenção aos sinais, para que este comportamento não se torne um hábito.

Formas de evitar compras por impulso:

  • ●      Identifique o que precisa ser adquirido antes de ir às compras.
  • ●      Organize as finanças do mês e crie um limite de gastos para produtos não essenciais.
  • ●      Estabeleça um tempo de espera entre o desejo de comprar e a compra de fato, como 24 horas ou até uma semana. 
  • ●      Deixe o cartão de crédito em casa.
  • ●      Não salve os dados do cartão de crédito nos sites de compra.
  • ●      Não faça compras quando estiver se sentindo emocionalmente abalado.


Leia também | Você sabe o que significa consumo consciente?

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