Estar endividado: entenda por que há solução para o problema
Estar endividado não significa estar em totalmente em apuros. Não há qualquer problema em ter dívidas, desde que haja planejamento para poder quitá-las.
Autor: Fabiana Ramos
Publicado em: 31 de janeiro de 2022.
Volta e meia surgem nos meios de comunicação reportagens e artigos indicando o número de endividados no país. Principalmente em períodos de crise, como esse de pós-pandemia, não é raro encontramos editoriais relatando o problema.
A verdade é que a grande maioria de nós se encaixa perfeitamente no conceito de endividado. Quer saber por quê? Continue lendo o artigo e descubra a diferença entre endividado, inadimplente e negativado.
Endividado, inadimplente ou negativado
À primeira vista, os termos parecem ser sinônimos. São utilizados como tal com frequência na mídia, mas são conceitos diferentes.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o total de lares brasileiros endividados chegou a 79,3% nos últimos meses de 2022.
Percentual bastante alto, não é mesmo?
Mas será que essa é realmente uma notícia ruim? Vamos analisar com calma.
Endividado
Uma pessoa endividada é aquela que tem algum tipo de dívida, e estar nesta situação não significa necessariamente um problema. Alguém pode ter contraído uma dívida para a compra da casa própria e, por esse simples fato, é considerada endividada.
A pessoa que tem parcelas a vencer no cartão de crédito tem uma dívida e, portanto, é considerada endividada. Quem tem prestações de um empréstimo, financiamento, crediário de loja também está endividado.
Portanto, a expressão “endividado” significa somente que uma pessoa já tem parte da sua renda comprometida em razão de um compromisso assumido anteriormente. Qualquer compra parcelada significa uma dívida. Qualquer crédito tomado, enquanto não for pago em sua totalidade, significa uma dívida.
Há, porém, diferentes graus de endividamento. Se o percentual de dívidas em relação à renda é de 10%, geralmente essa é uma situação de endividamento controlado. Porém, se o endividamento chega a 50% da renda, por exemplo, o cenário é bem mais preocupante.
Inadimplente
Como dissemos, há muita confusão entre os termos “inadimplente” e “endividado”.
Inadimplente é aquele que tem uma dívida em atraso. É a pessoa que não conseguiu honrar com um compromisso financeiro e, por diferentes motivos, deixou de pagar uma ou mais dívidas já assumidas.
Negativado
A pessoa negativada é aquela que tem o nome inscrito nos cadastros de inadimplentes dos órgãos de proteção ao crédito justamente porque deixou de pagar uma dívida. Em razão desse atraso, a empresa credora solicitou a inscrição da dívida nos referidos cadastros.
Daí a expressão “nome negativado”, “nome restrito” ou até mesmo a popular e não recomendada “nome sujo”. Os termos querem dizer a mesma coisa: inscrição do nome nos cadastros de proteção ao crédito.
“nome sujo na praça” ou “nome sujo”: por que essas expressões são utilizadas?
A expressão “nome sujo na praça” origina-se de um hábito de antigos comerciantes que se reuniam em praças públicas para trocar informações sobre seus clientes, se pagavam certinho suas dívidas ou não.
Desde antigamente (a data ninguém sabe precisar ao certo), o termo "nome sujo", ou “nome sujo na praça”, ganhou popularidade entre os brasileiros. Até hoje é utilizado para se referir a pessoas negativadas e com o CPF em birôs de crédito, como a Serasa. Ainda que esteja presente em nossa cultura, a expressão é inadequada e nem um pouco amigável. O correto é dizer que, ao ter uma "dívida negativada", o consumidor tem uma dívida em seu nome inscrita no cadastro de inadimplentes.
Por que tem havido aumento do número de endividados?
Como explicamos acima, estar endividado não é necessariamente um problema. Aliás, o crédito, quando utilizado de forma consciente e com inteligência financeira, ajuda na realização de projetos pessoais e profissionais.
É muito comum haver um aumento do endividamento em fases de expansão do crédito. Cada vez mais fintechs, bancos e demais instituições financeiras facilitam o acesso ao crédito, oferecendo produtos a diferentes perfis de usuários.
O problema ocorre quando esse crédito é tomado em excesso, ultrapassando o limite do racional. Ele é visto como um problema quando é utilizado como forma de complementação de renda, por exemplo. Quando o consumidor passa a contar com a utilização do crédito para “fechar as contas” no fim do mês.
Casos como esses podem acabar em “superendividamento” e, consequentemente, levam à inadimplência e negativação.
Como usar crédito de maneira consciente e evitar o superendividamento
Como dissemos, todo crédito deve ser tomado e utilizado com sabedoria. Uma das formas de evitar o superendividamento é fazer um planejamento financeiro.
A Serasa tem uma tabela financeira que ajuda na organização das finanças e no controle do orçamento. Acompanhar as entradas e saídas (receitas e despesas) de perto é o começo da organização.
Organize uma lista de dívidas
Caso haja endividamento, ou seja, caso o consumidor tenha dívidas parceladas, organizar uma lista delas é uma boa alterantiva. Relacione o tipo de dívida, os credores, os valores a serem pagos, a data de vencimento, a quantidade de parcelas faltantes e os juros cobrados em cada uma delas.
Priorize o pagamento das dívidas mais caras. E quando uma dívida pode ser considerada cara? Nem sempre a dívida cara é a que tem o valor mais alto, mas aquela com a maior taxa de juros (ou o custo efetivo total – CET). Quanto mais rápido essa dívida cara for eliminada, menos juros serão pagos e melhor será para as finanças em geral.
Leia também | Dívida ativa da União: saiba o que é, como consultar e pagar
Serasa Limpa Nome
Pelo Serasa Limpa Nome, você pode ter até 90% para negociar dívidas, e o processo leva só três minutos, sem precisar sair de casa. É possível negociar pelo site, aplicativo (iOS e Android) ou WhatsApp (11) 99575-2096).
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O primeiro passo é criar seu cadastro gratuitamente no Serasa Limpa Nome. Ao informar seus dados, um login de acesso será gerado para você consultar seu CPF e verificar dívidas ou contas em atraso.
2. Selecione os acordos disponíveis
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3. Pague o boleto
Após pagar o boleto, em alguns dias você receberá a confirmação por e-mail e no ambiente da plataforma. Todo esse procedimento é realizado de forma 100% segura e com o consentimento das empresas parceiras.
