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LCI e LCA: conheça as opções de investimento

As letras de crédito para o setor imobiliário e para a agropecuária são opções de título de renda fixa.

Atualizado em: 16 de junho de 2025

Categoria Segurança na internetTempo de leitura: 11 minutos

Texto de: Time Serasa

Planejador financeiro com ferramentas de IA, big data de investimentos empresariais, análise preditiva para investimentos em finanças, mercado financeiro e mercado monetário.

Você já ouviu falar em LCI e LCA? A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são dois tipos de investimento em renda fixa, aplicações populares entre os investidores iniciantes. Os títulos são emitidos por instituições financeiras e captam recursos para os respectivos setores.

Um dos maiores atrativos desse tipo de investimento sempre foi a isenção de Imposto de Renda sobre o rendimento – ou seja, a rentabilidade era líquida, sem desconto adicional. Entretanto, uma decisão do governo federal determinou o fim da isenção de imposto para os títulos LCI e LCA, que passam a pagar uma alíquota de 5% a partir de 2026.

A mudança foi publicada dia 11 de junho de 2025 pela Medida Provisória n° 1.303/2025, e tem até o dia 28 de agosto de 2025 para ser aprovada pelo Congresso Nacional e virar lei.

Assista | Como investir no Tesouro Direto

LCI e LCA: o que é?

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa. Apesar de normalmente serem citados juntos, eles são independentes, mas com regras de retorno e liquidez bastante parecidas. As letras de crédito são títulos emitidos por instituições financeiras de diferentes portes, em especial pelos bancos.

Isso significa que o investidor que decide apostar em LCI e LCA para diversificar a carteira está emprestando dinheiro ao banco ou instituição, correndo o risco de crédito da emissora. Um atrativo desse tipo de investimento é garantir retornos superiores aos da caderneta de poupança, por exemplo, porém LCI e LCA têm risco atrelado e baixa liquidez.

Cada uma dessas letras terá o objetivo de financiar diferentes setores da economia:


  • ●     Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

Na compra deste título, o valor captado pela instituição financeira é repassado a empresas do setor imobiliário, por meio de liberação de crédito. De uma forma indireta, é como se o investidor emprestasse dinheiro para quem quer construir ou comprar imóveis.


  • ●     Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

Neste investimento, o valor dos títulos é direcionado para atividades do agronegócio, financiando crédito a produtores rurais. A LCA é usada para investir em operações como colheita, compra de insumos e até beneficiamento dos produtos.  

Como funciona a rentabilidade das LCIs e LCAs?

Estas letras de crédito fazem parte das carteiras de investimento em renda fixa, que funcionam como um “empréstimo” feito a instituições financeiras, empresas ou governo, para receber rendimentos em juros como benefício.

  • Ao comprar LCI ou LCA, é possível escolher o tipo de rendimento em renda fixa desejado:  
  •  
  • ●      Pré-fixado: quando a taxa é definida previamente e é possível saber o valor previsto de ganho ao final do período contratado.
  • ●      Pós-fixado: quando a rentabilidade está atrelada a um índice que pode mudar ao longo do tempo, como a taxa Selic ou o IPCA.  

●      Híbrido: uma parcela do investimento é pré-fixada e outra é pós-fixada.

 

Leia também | Conheça a calculadora da Serasa para juros compostos

Quais são os riscos de investir em LCI e LCA?

Como toda aplicação, as letras de crédito têm seus riscos. Apesar de serem considerados investimentos conservadores e de baixo risco, LCI e LCA costumam levar vantagem em relação à rentabilidade do título público do Tesouro Direto, por exemplo. A exposição ao risco maior resulta em uma tendência de remuneração mais alta que a oferecida pela garantia soberana do Estado. 

Entretanto, é preciso estar alerta a possíveis riscos e desvantagens:

Risco de crédito

Mesmo baixo, sempre haverá o risco de a instituição emissora dos títulos não honrar o compromisso com o investidor no final do contrato. Se a instituição for pouco sólida, esse risco sobe. Por isso, é importante investir com segurança, em uma instituição séria e com boas referências.

Risco de resgate antecipado

A desvantagem principal está nos prazos. O investimento em LCIs ou LCAs tem carências e os vencimentos costumam ser de médio prazo: três ou quatro anos. Outro ponto de atenção é a baixa liquidez, pois o saque pode levar alguns meses para ser liberado. 

Estas letras exigem um tempo determinado para que o investidor possa resgatar o valor e o rendimento. Se o dinheiro for retirado antes do prazo de carência, a rentabilidade não será mais garantida e é possível que o investidor tenha que pagar uma multa. Entretanto, cada tipo de contrato pode ter variações nos acordos de liquidez.

Limite do Fundo Garantidor de Crédito

Os LCIs e LCAs têm a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil. Isso significa que, caso a operadora ou banco quebre, o investidor terá retorno até esse limite. Mas atenção: se houver dois ou três investimentos em uma mesma instituição que some mais que o limite garantidor, haverá prejuízo. Por isso é importante distribuir a carteira entre diferentes bancos e corretoras de investimentos. 

Como investir em LCI e LCA

Antes de investir em LCIs e LCAs é importante estudar o funcionamento das letras de crédito e conhecer o seu perfil de investidor. Apesar de ser renda fixa, esse é um tipo de operação que envolve algum risco e tem liquidez baixa, portanto o ideal é considerar a aposta nesses títulos como parte da composição da carteira de investimentos. Colocar todo o capital no mesmo lugar não é recomendável. 

Entenda o que é preciso para investir em letras imobiliárias e do agronegócio:

  1. Escolha um banco ou corretora autorizada 

    Conhecer as corretoras de investimento e os aplicativos dos bancos é o primeiro passo para essa escolha. Normalmente os bancos emitem títulos de letras de crédito da própria instituição. As corretoras funcionam como intermediadoras de diferentes instituições e, por isso, combinam LCIs e LCAs de vários bancos, aumentando as chances de oferecerem papéis com rentabilidade maior. 

  2. Conheça o título que vai comprar

    A renda fixa pode ser contratada em títulos pré-fixados e pós-fixados. Se existe uma tendência de alta de juros no cenário macroeconômico, os pós-fixados podem ser melhores pois acompanham variações de taxas como a Selic

    Os pré-fixados são um pouco mais seguros e normalmente surgem como boa escolha em tempos de queda de juros. Mas como essas previsões são pouco certeiras, a decisão também passa pelo critério de perfil do investidor. 

  3. Simule entre LCI e LCA

    Do ponto de vista do investidor, não há diferença entre investir em uma ou outra letra. Se elas tiverem o mesmo rendimento pré-fixado, por exemplo, o retorno será igual. Faça a simulação no seu banco ou corretora para conferir se uma das letras é oferecida com alguma vantagem.

  4. Dê atenção ao prazo de vencimento e às regras de liquidez

    A liquidez e o prazo de vencimento e retorno do investimento são critérios fundamentais para a tomada de decisão. Leia as letras pequenas e saiba bem quais as regras de saque. Normalmente não há liquidez diária nesse tipo de operação e o resgate pode ter uma carência mínima de pelo menos 184 dias.

  5. Considere aplicar o valor mínimo

    Para quem está começando a investir, pode ser mais seguro aplicar valores menores, para não comprometer todas as economias (já que a liquidez é baixa). No caso das letras LCI e LCA, os valores mínimos de aplicação costumam ficar entre R$ 500 e R$ 1.000. Vale lembrar que, quanto mais dinheiro investido e maior o prazo, maior a rentabilidade prometida.

  6. Evite ultrapassar R$ 250 mil

    É bom lembrar que a garantia do FGC se limita a aplicações de até R$ 250 mil por instituição financeira. Não ultrapasse esse limite em uma única instituição. Opte por diversificar tipos de aplicações e operadoras para correr riscos mais controlados.

O que mudou com a tributação do LCI e LCA

A proposta de cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento do LCI e LCA deixará estas aplicações menos vantajosas para o investidor. De acordo com a definição do governo, a partir de 2026 os novos contratos pagarão alíquota de 5%. Até então, as letras imobiliárias e de agronegócio eram isentas de imposto.

De acordo com avaliações divulgadas pelas Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a tendência é que no futuro esta medida aumente os preços da casa própria e dos alimentos. Isso ocorreria porque o crédito para estes setores passará a custar mais caro, e o valor acabaria sendo repassado ao consumidor final.

A aplicação do imposto para LCI e LCA foi proposta como uma medida alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações) e o governo também prevê o fim da isenção de imposto para outros tipos de investimentos.

Como ficam os outros investimentos em renda fixa

Compare como vai ficar a cobrança de Imposto de Renda:

Tipo de investimento Regra em 2025 A partir de 2026
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)Isento IR de 5%
CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) Isento IR de 5%
Debêntures incentivadasIsento IR de 5%
Renda Fixa CDB, Tesouro Direto e Debêntures Tabela regressiva de 22,5% a 15%IR de 17,5%
Fundos de renda fixa e multimercadosTabela regressiva de 22,5% a 15% + come-cotasIR de 17,50% + come-cotas

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Perguntas frequentes sobre LCI e LCA

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