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Reduzir parcela de financiamento: saiba como fazer

Confira seis dicas práticas para reduzir o valor da parcela e melhorar a gestão financeira.

Atualizado em: 2 de outubro de 2024

Categoria CréditoTempo de leitura: 9 minutos

Texto de: Time Serasa

Mulher de Negócios colocando uma moeda em uma pilha de moedas. Colocar moedas em uma fileira de baixo para alto é comparável a economizar dinheiro para crescer mais. O conceito de crescer poupança e economizar investindo em ações.

Reduzir parcelas de financiamento pode ser uma medida importante em um momento de imprevisto ou desequilíbrio financeiro.

Algumas estratégias ajudam a diminuir o valor mensal desembolsado, sem abrir mão do automóvel ou imóvel. Confira seis dicas para ajustar as parcelas e manter as contas em dia.

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Quando reduzir a parcela de um financiamento?

É importante ter um controle das finanças, acompanhar de perto as entradas e saídas de dinheiro e ter conhecimento sobre o comprometimento da renda a cada mês. Se os gastos estiverem mais elevados que os ganhos, seja por uma situação emergencial ou por um descuido com o dinheiro, é hora de acender um alerta.

Se a possibilidade de ficar inadimplente está se aproximando, é preciso rever os custos mensais – e reduzir as parcelas do financiamento pode ser uma saída neste momento.

Alguns dos sinais que indicam uma possível situação de endividamento são:

 

  • ● O dinheiro sempre acaba antes do fim do mês.
  • ● As dívidas com empréstimos e financiamentos já ultrapassam 30% do orçamento mensal.
  • ● Está difícil pagar a fatura completa do cartão de crédito.
  • ● Foi necessário deixar de pagar alguma conta para privilegiar outra.
  • ● Foi preciso utilizar o cheque especial ou a reserva de emergência.

Como reduzir parcela de financiamento: seis estratégias

Afinal, tem como diminuir o valor da parcela do financiamento? Sim, existem alternativas que permitem baixar as prestações do carro ou da casa, mas nem todas estão disponíveis para todos os casos.

Confira alguns caminhos para reduzir as parcelas e reequilibrar as contas:

  1. Utilize o FGTS

    Se o financiamento for imobiliário, é possível utilizar o saldo do FGTS para amortizar parcelas. De acordo com a Caixa, o FGTS pode ser usado para reduzir em até 80% o valor das parcelas durante 12 meses consecutivos.

    Caso queira utilizar o FGTS, é preciso ficar alerta às regras, como:

    ● Não ter parcelas do financiamento em atraso.

    ● O FGTS deve estar em nome do beneficiário do empréstimo.

    ● O recurso só pode ser utilizado a cada dois anos.

    ● O financiamento precisa ser feito pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

  2. Faça um refinanciamento

    refinanciamento de dívidas é uma forma de substituir um débito antigo por um novo, com condições de pagamento diferentes da anterior – com taxas de juros menores e mais prazo para pagar, por exemplo.

    Ele ocorre na mesma instituição financeira e vale para qualquer tipo de empréstimo ou financiamento. Antes de optar pelo refinanciamento, é fundamental comparar o Custo Efetivo Total (CET) dos dois contratos para avaliar as vantagens. Vale lembrar que os bancos não são obrigados a refinanciar a dívida e este pedido pode ser negado pela instituição.

     Saiba mais sobre Custo Efeito Total neste artigo

  3. Solicite portabilidade de crédito

    portabilidade de crédito é outra forma de trocar uma dívida cara por uma mais barata. Essa operação transfere um financiamento já solicitado e aprovado de uma instituição para outra, que ofereça melhores condições.

    Para realizar a portabilidade de crédito, revise o saldo devedor e a taxa de juros do financiamento atual e, em seguida, pesquise novas condições em outros bancos, o que pode ser feito online ou presencialmente.

    Após encontrar uma instituição com melhores termos, solicite o saldo atualizado ao banco original e envie para a nova instituição, que analisará o crédito e, se aprovar, concluirá a transferência, quitando o saldo devedor antigo.

    Leia mais sobre portabilidade de crédito neste artigo

  4. Faça uma amortização

    amortização de uma dívida – tanto de empréstimo como de financiamento – significa a diminuição do total devido por meio de um ou mais pagamentos.

    A ideia é antecipar o pagamento das parcelas – geralmente as parcelas finais – e, assim, reduzir também os juros e o valor mensal. Renda extra, 13º salário e bonificações podem ser usados para amortizar a dívida, diminuindo o tempo da mesma e garantindo descontos.

     Entenda mais sobre amortização de dívida aqui

  5. Amplie o prazo de pagamento

    Aumentar o prazo de pagamento do financiamento em troca de diminuição no valor de cada parcela também pode ser uma negociação viável em algumas instituições.

    O ganho para o consumidor está em conseguir economizar no fluxo mensal. Mas é preciso ter em mente que, no fim das contas, o financiamento sairá mais caro (quanto mais parcelas, mais juros serão pagos).

  6. Busque outras linhas de crédito

    Outra forma de reduzir parcela de financiamento é buscar outras linhas de crédito para quitar a dívida em andamento (na prática, é outra forma de trocar uma dívida cara por uma mais barata).

    Por exemplo: o valor levantado por meio de um empréstimo consignado com juros de 1,5% ao mês pode ser usado para quitar um financiamento com juros de 3% ao mês. Além do consignado, outro tipo de crédito que costuma ter taxas de juros menores é o empréstimo com garantia (de imóvel ou de automóvel).

    No empréstimo com garantia, o bem (imóvel ou automóvel) é usado como garantia de pagamento, o que permite taxas de juros menores; entretanto, se a dívida não for quitada, o banco tem o direito de retomar o bem, similar a uma penhora.

Como reduzir as parcelas de financiamento?

  • ●     Uso do FGTS
  • ●     Refinanciamento da dívida
  • ●     Portabilidade de crédito
  • ●     Amortização
  • ●     Novo prazo de pagamento
  • ●     Outras linhas de crédito

Quais os principais cuidados ao reduzir parcela de financiamento?

Pagar menos mensalmente em parcela de financiamento é muito interessante para quem está com dívidas, beirando a inadimplência. Mas é preciso tomar alguns cuidados antes de recorrer a estratégias deste tipo:

Custo final

Lembre-se que parcelas menores com prazos maiores geralmente aumentam o valor total da dívida por conta dos juros (verifique antes o novo custo efetivo total da operação).

Pagamento em dia

É preciso continuar pagando as parcelas em dia, a fim de não se endividar mesmo após a renegociação.

Controle dos gastos

Monitore os gastos de perto para evitar mergulhar novamente em dívidas, mesmo após a redução da parcela do financiamento.

Como pedir redução das parcelas de financiamento?

Abrir diálogo com o(a) gerente da instituição financeira é um dos caminhos para começar uma boa comunicação e aguardar as propostas de redução da parcela de financiamento. Explicar o cenário com clareza e apresentar toda a documentação necessária também é fundamental.

Caso o banco não consiga oferecer boas ofertas para negociar o financiamento, é possível partir para instituições financeiras concorrentes e solicitar propostas para a portabilidade de financiamento.

Lei do Superendividamento

Se a instituição financeira se negar a oferecer uma renegociação, é possível recorrer à Lei do Superendividamento – caso o consumidor tenha perdido a capacidade de pagar suas dívidas sem comprometer sua subsistência.

Nesses casos, a pessoa tem o direito a renegociar as pendências com todos os detentores de dívidas, inclusive os financiamentos. O consumidor pode buscar a renegociação junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, ou recorrer à Justiça.

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