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Como funciona o cheque especial?

Descubra como o cheque especial funciona e como usar este recurso com segurança.

Atualizado em: 29 de abril de 2024

Categoria CréditoTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

homem entregando um cheque especial

Como funciona o cheque especial? Quem tem acesso a essa linha de crédito disponível em sua conta corrente precisa, antes de começar a utilizá-la, entender exatamente seu funcionamento. 

Por isso, neste artigo, a Serasa explica tudo sobre o cheque especial: o que é, como funciona, quais as taxas, as vantagens, os riscos e, ainda, como usar este recurso com responsabilidade.  

Assista | Por que pagamos juros?

O que é cheque especial?

Cheque especial é um tipo de crédito pré-aprovado disponibilizado a alguns consumidores diretamente na conta corrente. É o famoso “limite bancário”, aquele valor “a mais” que aparece disponível para uso extrato.

Como qualquer outra modalidade de crédito, conta com juros, além de outras taxas quando utilizado, como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Leia também | O que é cheque especial?

Como funciona o cheque especial?

O cheque especial funciona como um empréstimo pré-aprovado disponibilizado pelo banco diretamente na conta do consumidor, para que seja utilizado a qualquer momento.  

Cada instituição financeira é livre para decidir quais os critérios para concessão deste tipo de crédito para seus clientes e qual valor ficará disponível para utilização automática.

Geralmente, são consideradas informações como renda mensal movimentada na conta, histórico de pagamentos, tempo de abertura da conta. 

Outro fator que é variável é se o banco oferece utilização gratuita do cheque especial por alguns dias ou não – prática recorrente para 10 dias, por exemplo – cobrando apenas o IOF.

Além do valor dos juros aplicados, que também varia, desde que respeitando o teto de 8% ao mês definido em 2020 pelo Banco Central. 

É por isso que mesmo consumidores que tenham conta no mesmo banco, têm taxas de juros diferentes aplicadas ao cheque especial.

Segundo o Banco Central, a instituição financeira também pode tomar a iniciativa de alterar o limite do cheque especial de seus clientes, mas para isso, deve obedecer a duas regras: 

  • ●    se for redução do limite, comunicar com 30 dias de antecedência
  • ●    se for aumento, pedir autorização prévia ao cliente.  


Leia também | Vale a pena fazer empréstimo para quitar dívidas?

Como funciona o cheque especial na prática

Imagine que um correntista de um banco tenha saldo de R$200 em sua conta. Se ele fizer uma compra de R$600 no débito e tiver limite de cheque especial de R$800, usará R$400 do cheque especial (metade do total) para realizar a compra.  

Nesse momento, o extrato bancário dele mostrará saldo de –R$400 e ele ainda terá à disposição R$ 400 do cheque especial para utilização futura (limite).  

Nesse caso, será preciso devolver ao banco esse dinheiro utilizado o mais rápido possível. Se o cliente tiver direito de usar o cheque especial sem juros por alguns dias, pode aproveitar esse benefício e devolver antes que o prazo vença.  

Assim, quando qualquer remuneração for depositada na conta, ela será automaticamente utilizada para cobrir o valor utilizado no cheque especial, somando as tarifas, impostos e juros aplicáveis pelos dias de utilização. 

Leia também | Tipos de cheque: conheça as opções e como cada uma funciona

Quais os riscos de utilizar o cheque especial

O cheque especial é um recurso que deve ser utilizado, sobretudo, para emergências e por pouco tempo. 

Para quem precisa utilizar o dinheiro por longos períodos, é indicado procurar outras opções de crédito, com pagamento parcelado e juros menores. 

  • Os principais riscos associados ao uso do cheque especial são: 
  • ●    Descontrole das finanças e efeito bola de neve (o consumidor já começa o mês devendo dinheiro ao banco e pode precisar continuar utilizando o cheque especial por vários meses). 
  • ●    Confundir o cheque especial com um recurso que já é do consumidor (por mais que o cheque especial apareça no saldo, é um valor que é do banco e não da pessoa).
  • ●    Precisar pagar, além de juros, IOF e multa caso não consiga cobrir o cheque especial (e quanto mais demorar para devolver o dinheiro ao banco, maior ficará a dívida). 
  • ●    Optar pelo cheque especial por conta da facilidade da contratação, sem pesquisar outras linhas mais apropriadas para o objetivo do momento (o preço da facilidade são juros mais elevados). 


Leia também | Estou endividado, o que fazer? Como recuperar a saúde financeira

Cuidados ao utilizar o cheque especial

  • Alguns dos principais cuidados recomendados ao utilizar o cheque especial são:
  • ●     Verifique se o banco oferece alguns dias de utilização do cheque especial sem cobrar juros. Lembre-se, porém, que impostos como o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras – são cobrados ainda assim, pois independem da vontade do banco.
  • ●     Utilize o cheque especial somente em caso de extrema urgência.
  • ●     Cubra o valor utilizado rapidamente, para que os juros não multipliquem o valor da dívida no longo prazo.
  • ●     Tenha consciência de que o cheque especial não é um “valor a mais” na conta para ser utilizado, mas sim um tipo de crédito contratado.

          

Leia também | Crédito responsável: saiba como e por que aderir

Por que o cheque especial tem juros tão altos?

O cheque especial é uma modalidade de crédito considerada cara porque o banco cede esse crédito sem pedir nenhuma garantia. Nesse caso, é preciso negociar as condições com o banco e assinar um contrato para ter limite de cheque especial disponível. 

Em abril de 2024, segundo levantamento do Procon-SP, os juros médios do cheque especial praticados pelos grandes bancos no Brasil foram de 7,96% ao mês, ou 150,56% ao ano (ainda elevado quando comparado a modalidades como empréstimo com garantia de imovel, por exemplo, que pode ter taxas de 1,05% ao mês). 

Leia também | Tipos de juros: confira cada um deles

Como deixar de utilizar o cheque especial e sair das dívidas

Quem já está no cheque especial e quer deixar de utilizar essa linha de crédito  pode:

  • ●    Tentar negociar o pagamento do cheque especial diretamente com o banco
  • Quem precisou recorrer a esse tipo de crédito nos últimos meses e agora está com dificuldades para quitar a dívida pode conversar com o gerente da instituição financeira e tentar negociar a melhor forma de pagamento.
  • Algumas instituições oferecem até mesmo um parcelamento do cheque especial, com taxas de juros menores e prazos de pagamento maiores.
  •  
  • ●    Diminuir o limite do cheque especial (ou até mesmo cancelar o serviço)
  • Diminuir os valores disponíveis no crédito emergencial ou até mesmo excluir essa possibilidade da conta pode contribuir no momento de organizar as finanças.
  • É um jeito “forçado” de prestar ainda mais atenção no orçamento e limitar os gastos até a conta voltar a fechar.
  •  
  • ●    Começar a controlar as finanças

Além de fugir do cheque especial, é importante não voltar a ele em caso de desequilíbrio financeiro. Assim, é hora de cuidar das contas mais de perto. Planilhas ou aplicativos de controle financeiro contribuem para isso.

Leia também | Como pagar as dívidas do cheque especial

Quer sair do cheque especial? Conheça o Serasa Crédito

O mercado de crédito oferece várias opções de empréstimo, muitas delas com juros menores que os do cheque especial.

Assim, vale pesquisar outras modalidades e, se encontrar uma com juros mais baixos, contratar e quitar o cheque especial, ficando apenas com a parcela do empréstimo. 

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  • Confira o passo a passo: 

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  • ●     Compare as opções disponíveis e faça a solicitação. Agora é só aguardar a resposta do pedido para finalizar a contratação*. 

 

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