Dicas para sair do endividamento começando hoje
Dicas para sair do endividamento começando hojeData de publicação 30 de setembro de 20248 minutos de leitura
Atualizado em: 30 de janeiro de 2024
Categoria Negociar dívidaTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
Diante das altas taxas de juros do cheque especial, usar os valores disponibilizados nessa modalidade de crédito pode levar ao descontrole das contas, especialmente para quem tem dificuldade de organização financeira. Um valor pequeno tem potencial de criar uma dívida muito mais alta.
Por isso, o principal objetivo de quem entra emergencialmente no cheque especial deve ser sair dele o mais breve possível. Entenda como funciona esse tipo de crédito e quais as melhores formas de quitar essa dívida.
Leia também | Como funciona o cheque especial
É uma linha de crédito pré-aprovada pelo banco, cujo valor fica disponível na conta corrente. A diferença dele para outros tipos de empréstimo é não é preciso solicitá-lo nem passar por análise de crédito. O valor já fica automaticamente disponível.
Quando se abre uma conta corrente, alguns bancos já deixam um limite previamente aprovado de cheque especial. Basta pegar o valor disponível e devolvê-lo na mesma conta corrente, com valor acrescido de juros e impostos.
Apesar de se chamar cheque especial, não tem relação com o uso de talão de cheques. Essa modalidade de crédito também pode receber outros nomes de acordo com cada banco, como Cheque Azul (na Caixa) ou Limite da Conta (no Itaú).
O cheque especial costuma ser oferecido automaticamente pelos bancos, mas há exceções. A conta digital do Nubank, por exemplo, não tem essa opção.
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O cheque especial é uma forma de empréstimo do banco, para que o cliente possa cobrir gastos emergenciais. O valor disponibilizado a cada correntista depende da política interna da instituição financeira.
Confira um exemplo de como funciona:
Desde 2020, o Banco Central estabelece um limite máximo de 8% de juros ao mês para o cheque especial. Para saber qual a taxa aplicada para sua conta, consulte as informações no site ou app do banco.
Um dos motivos que tornam o cheque especial um crédito caro é que entram em cena os juros compostos. Ou seja, o cálculo dos juros é feito diariamente e de forma cumulativa.
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A aplicação dos juros é diária. Como é feita a partir dos juros compostos, no primeiro dia de cobrança os juros vão incidir sobre o valor devido. No segundo dia, os juros são aplicados pelo total inicial mais o juro do dia anterior, e assim sucessivamente.
Por isso, o cálculo desse juro não é tão simples de ser feito. Os próprios aplicativos dos bancos costumam oferecer uma calculadora para simular os juros aplicados no cheque especial. Acompanhe uma simulação feita no app do banco Itaú com base no exemplo usado acima:
Simulação |
---|
Taxa de juros: 8% ao mês |
Valor devido: R$250 |
Tempo de atraso: 30 dias |
Juros: R$21,70 |
IOF: R$1,58 |
Total a pagar: R$273,28 |
Cada banco define seu próprio prazo para começar a cobrança de juros, por isso é importante ficar atento ao contrato. Instituições como Santander, Banco do Brasil e Itaú oferecem até 10 dias de limite da conta sem cobrança de juros para alguns clientes.
Entretanto, vale o alerta: a cobrança de IOF nunca está incluída nesse período de isenção. O imposto precisa ser recolhido ao Governo Federal e não pode ser concedido como um benefício pelos bancos.
Normalmente os juros são cobrados mensalmente, em uma data escolhida pelo correntista. O IOF costuma ser cobrado no primeiro dia útil do mês seguinte ao uso do limite.
Os juros do cheque especial estão entre os mais elevados do mercado, chegando a ultrapassar 150% ao ano, de acordo com dados do Banco Central.
Esses juros são altos por um motivo: o cheque especial é um crédito fácil de conseguir. Não há burocracia para contratação, já que o limite fica disponível na conta corrente da pessoa. Basta usar o dinheiro, de forma automática.
De acordo com o Mapa da Inadimplência e Negociações de Dívidas no Brasil, feito pela Serasa em parceria com a Opinion Box, em novembro de 2023 quase um terço das pessoas endividadas deviam para bancos e cartão de crédito. Os débitos com cheque especial fazem parte dessas dívidas.
Quando um crédito feito para ser usado emergencialmente fica sem pagamento, há risco grande de a dívida crescer para além da capacidade financeira do consumidor. Se for inevitável entrar no cheque especial, concentre os esforços para quitar a dívida o quanto antes.
Confira como se organizar para sair do cheque especial:
Abra uma negociação com o banco
Em contato com o banco, é recomendado tentar negociar uma melhor condição de pagamento da dívida. Com as novas regras do cheque especial, as instituições passaram a oferecer parcelamento das dívidas acima de R$200.
No entanto, é importante verificar as taxas de juros dessa renegociação. Caso ainda sejam altas, comprometendo as finanças, considere a próxima dica.
Troque a dívida do cheque especial por outra mais barata
Vale a pena procurar outras opções de empréstimo para conseguir quitar a dívida do cheque especial à vista. Dessa forma, o consumidor troca uma dívida cara por outra mais barata (com taxas de juros menores).
Na plataforma do Serasa Crédito, é possível simular gratuitamente opções de empréstimos. Compare as ofertas disponíveis para o seu CPF, oferecidas pelos parceiros da Serasa, com as condições propostas pelo banco.
Peça ao banco para reduzir o limite do cheque especial
A próxima providência é evitar o uso indevido do cheque especial. Para não correr o risco de voltar a se endividar, peça ao banco que o limite desse crédito seja reduzido em sua conta corrente.
Na hora do aperto, existem outras opções de empréstimos com melhores condições de pagamento.
Se há uma dívida de cheque especial em seu nome, é possível também verificar as opções de negociação no Serasa Limpa Nome. A plataforma da Serasa faz o intermédio entre o consumidor e a instituição credora. São centenas de empresas parceiras, inclusive bancos e cooperativas de crédito.
Pelo Limpa Nome você consulta suas dívidas e pode conseguir até 90% de desconto para quitar os débitos. O serviço é gratuito e pode ser feito em apenas três minutos nos canais oficiais da Serasa: site, app ou WhatsApp (11) 99575-2096.
Siga o passo a passo:
Data de publicação 30 de setembro de 20248 minutos de leitura
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