O que é blockchain, como funciona e para que serve
O que é blockchain, como funciona e para que serveData de publicação 30 de outubro de 20258 minutos de leitura
Como consultar restituição do IRPF: passo a passo
Consultar restituição IRPF: como verificar lotes, status e resolver problemas
Publicado em: 7 de novembro de 2025
Categoria CréditoTempo de leitura: 8 minutosTexto de: Time Serasa
Após a entrega da declaração do Imposto de Renda, parte do imposto pago durante o ano pode ser devolvido ao contribuinte e depositado na conta bancária. Essa devolução é chamada de restituição e, segundo a Receita Federal, mais da metade dos contribuintes recebe esse valor todos os anos. Para saber se tem direito ao crédito e quando ele entra na conta, basta consultar a restituição IRPF pela internet.
Entenda como acompanhar os prazos, entender o status do pagamento e identificar problemas que impeçam o recebimento.
O que é a restituição do Imposto de Renda?
A restituição do Imposto de Renda é o valor que a Receita Federal devolve quando o contribuinte pagou mais imposto do que devia ao longo do ano.
O motivo para a devolução é simples: o cálculo do imposto nem sempre é exato enquanto o ano ainda está em andamento. O desconto do imposto no salário, por exemplo, pode não considerar despesas com dependentes, saúde ou educação. Assim, quando a declaração anual é enviada, a Receita cruza todas as informações, calcula o imposto correto e identifica se houve pagamento em excesso. Se houver, então a pessoa tem direito à restituição.
Receber a restituição é um direito automático. Não é preciso solicitar: após a análise da declaração, o valor é liberado e creditado na conta bancária informada na declaração.
Além disso, se houver algum atraso no pagamento, a restituição recebe correção pela taxa Selic, garantindo que o valor não perca o poder de compra. Isso significa que, mesmo que o dinheiro demore um pouco a cair na conta, ele será atualizado para compensar o tempo de espera.
Quem tem direito a receber a restituição do IRPF?
A restituição do Imposto de Renda não é para todos. Mas, em geral, têm direito a receber aqueles que pagaram mais imposto do que deviam ao longo do ano ou, então, que possuem direito a deduções que reduzem o valor devido.
Os principais casos incluem:
| Perfil do contribuinte | Como tem direito à restituição |
|---|---|
| Quem pagou imposto pelo carnê-leão | Funcionários, aposentados ou pensionistas que tiveram mais imposto descontado do que o necessário. Isso acontece porque o desconto automático nem sempre considera todas as deduções legais. |
| Quem pagou imposto pelo carnê-leão | Profissionais autônomos ou liberais que recolhem imposto mensalmente e podem ter pago valores maiores do que o devido. A diferença é calculada na declaração anual. |
| Quem declarou despesas dedutíveis | Contribuintes que informaram gastos com educação, saúde, dependentes, pensão alimentícia ou outras despesas previstas em lei, reduzindo o imposto devido. |
| Quem teve retenções indevidas | Quando a empresa ou fonte pagadora desconta imposto a mais por engano, a diferença será devolvida automaticamente após a declaração. |
| Quem está em dia com a Receita Federal | Apenas contribuintes que entregaram a declaração corretamente, sem pendências fiscais ou inconsistências graves, recebem a restituição. |
Quais são os prazos e os lotes de pagamento?
Depois de entregar a declaração do Imposto de Renda, a restituição não é liberada de forma imediata e nem de uma só vez. Como milhões de contribuintes têm direito a essa devolução todos os anos, liberar todos os valores ao mesmo tempo poderia gerar congestionamento e atrasos no processamento.
Por isso, a Receita Federal organiza o pagamento em lotes mensais, para facilitar a liberação e evitar erros nos valores. Em geral, são cinco lotes, liberados entre os meses de maio e setembro. A ordem de pagamento leva em conta a prioridade legal e a data de entrega da declaração: quem envia a declaração mais cedo e sem pendências tem mais chance de receber nos primeiros lotes.
O calendário costuma ser organizado da seguinte forma:
| Lote | Período de pagamento | Quem recebe neste lote |
|---|---|---|
| 1º lote | Maio | Idosos com mais de 80 anos. |
| 2º lote | Junho | Idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência e moléstia grave. |
| 3º lote | Julho | Professores cuja fonte principal de renda tenha sido o magistério. |
| 5º lote | Setembro | Demais contribuintes, de acordo com a ordem de entrega da declaração. |
| 4º lote | Agosto | Contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida e optaram por receber a restituição via Pix. |
O valor da restituição é depositado na conta bancária informada na declaração, sem necessidade de solicitação manual. Para acompanhar quando o dinheiro será creditado, é fundamental consultar a restituição do IRPF, que indica em qual lote a declaração se encontra e traz a previsão de pagamento.
Como consultar a restituição IRPF
Para saber quando a restituição será creditada na conta, é necessário acompanhar o status da declaração. Existem diferentes formas de fazer essa consulta, todas seguras e práticas, que permitem verificar:
- ● status do processamento da restituição (se está em análise, liberada ou com algum problema);
- ● data prevista de pagamento (em qual lote o valor será creditado);
- ● eventuais problemas que possam atrasar o depósito, caso existam pendências ou necessidade de ajustes.
Confira as principais maneiras de consultar a restituição do Imposto de Renda.
Pelo site da Receita Federal
Uma das formas mais práticas de consultar a restituição do IRPF é pelo site oficial da Receita Federal, que não exige instalação de programas ou aplicativos.
Basta seguir o passo a passo:
acesse o portal da Receita Federal;
preencha os dados solicitados: CPF, data de nascimento e ano da declaração que deseja consultar;
confirme que não é um robô clicando em “sou humano”;
clique em “consultar” para visualizar o status da restituição, o lote em que a declaração se encontra e a previsão de pagamento.
Após concluir esses passos, o site mostrará possíveis pendências ou alertas relacionados à declaração, permitindo acompanhar todo o processo.
Pelo aplicativo da Receita Federal
Também é possível consultar a restituição do IRPF pelo aplicativo da Receita Federal (antigo app Meu Imposto de Renda), disponível para download gratuito no Google Play (para aparelhos Android) e App Store (para aparelhos iOS).
O app permite acompanhar o status da restituição de qualquer lugar, sem precisar de computador.
Para isso, basta seguir o passo a passo:
abra o aplicativo da Receita Federal e faça o login;
procure pela opção “consultar Meu Imposto de Renda”;
clique em “consultar restituição”;
preencha os dados solicitados: CPF, data de nascimento e ano da declaração que deseja consultar;
visualize o status da restituição, o lote em que a declaração se encontra, a previsão de pagamento e possíveis pendências.
O app também permite receber notificações sobre alterações no status da restituição, tornando o acompanhamento mais prático e ágil.
Pelo portal e-CAC
Outra forma de consultar a restituição do IRPF é pelo portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), que é o ambiente digital da Receita Federal e reúne todos os serviços relacionados ao Imposto de Renda.
Este canal é ideal para quem deseja informações mais detalhadas sobre a declaração, como histórico de processamento, pendências e dados de restituição.
Para isso, basta seguir o passo a passo:
acesse o portal e-CAC;
informe os dados de acesso através da conta gov.br (CPF e senha ou certificado digital);
procure a opção “consultar Meu Imposto de Renda”;
clique em “iniciar” para abrir o serviço;
verifique a situação da restituição, conferindo o lote, a previsão de pagamento e possíveis pendências ou alertas sobre a declaração.
O portal e-CAC oferece informações detalhadas e seguras, sendo o canal mais completo para acompanhar o processo de restituição e resolver qualquer divergência que possa atrasar o crédito do valor na conta bancária.
Leia também | Saiba onde lançar crédito imobiliário no IRPF
O que significa a restituição estar em processamento?
Ao consultar a restituição do IRPF, é comum aparecer a mensagem “em processamento”, que pode até gerar dúvida, mas é uma etapa normal do processo. Esse status indica que a declaração foi recebida com sucesso pela Receita Federal e que os dados informados estão sendo analisados antes da liberação do pagamento.
Durante essa fase, a Receita cruza as informações da declaração com outras fontes oficiais, como empresas, bancos e planos de saúde, para garantir que não haja divergências e que os valores estejam corretos. Todo o procedimento é automático e faz parte do fluxo padrão aplicado a todos os contribuintes.
Enquanto a declaração estiver “em processamento”, não é necessário fazer nada além de aguardar. O tempo de análise pode variar de acordo com o volume de declarações recebidas e a complexidade das informações enviadas.
Após a conclusão da análise, o status muda automaticamente para uma das seguintes situações:
- ● em fila de restituição: o pagamento foi autorizado e aguarda liberação em um dos próximos lotes;
- ● restituição creditada: o valor já foi depositado na conta informada na declaração;
- ● com pendências ou retida em malha: alguma inconsistência nos dados precisa ser resolvida.
Leia também | Ganho de capital: o que é e como declarar no IRPF
Possíveis motivos para a restituição não ter caído na conta e o que fazer
Às vezes, o lote de restituição é liberado, mas o dinheiro não aparece na conta na data prevista. A primeira reação é de dúvida ou preocupação, mas, na maioria dos casos, a causa é simples: pode ser um erro no número da conta, dados desatualizados ou até uma pendência na declaração.
Esses contratempos são mais comuns do que parece e, em geral, podem ser resolvidos rapidamente.
Entre as causas mais comuns estão:
Dados bancários incorretos ou desatualizados
Um erro de digitação no número da conta ou da agência, uma conta encerrada ou até mesmo uma conta informada em nome de outra pessoa pode fazer com que o banco rejeite o depósito da restituição.
Quando isso acontece, o valor retorna automaticamente para a Receita Federal. O contribuinte não perde o direito à restituição, mas precisa corrigir as informações bancárias e solicitar o reagendamento do pagamento.
Essa atualização pode ser feita pelo portal e-CAC ou entrando em contato com o Banco do Brasil, responsável pelos créditos das restituições.
Declaração com pendências ou retida em malha fina
A declaração pode ser retida em malha fina quando a Receita Federal identifica divergências entre os dados informados e registros de outras fontes, como empresas, bancos, planos de saúde e instituições de ensino.
As inconsistências podem envolver rendimentos declarados incorretamente, deduções médicas ou educacionais inconsistentes, dependentes com dados duplicados ou erros de CPF. Enquanto a pendência não for resolvida, a restituição fica bloqueada.
Para descobrir o motivo exato, é possível acessar o extrato do Imposto de Renda no e-CAC, onde constam todos os detalhes da análise. Em muitos casos, o contribuinte consegue enviar documentos comprobatórios ou retificar a declaração, liberando o pagamento nos próximos lotes.
Conta encerrada ou bloqueada
Se a conta bancária informada na declaração foi encerrada, bloqueada ou está inativa, o depósito da restituição não é realizado e o valor retorna automaticamente para a Receita Federal.
Para resolver, é necessário informar uma nova conta bancária válida. Isso pode ser feito pelo portal e-CAC, seguindo as instruções do próprio sistema, ou entrando em contato com o Banco do Brasil para reagendar o crédito.
Divergências no CPF ou titularidade da conta
A Receita Federal só faz o pagamento da restituição em contas bancárias no nome do titular da declaração. Se o contribuinte informar uma conta conjunta onde ele não é o titular principal, ou tentar usar uma conta de terceiros (como cônjuge ou familiar), o depósito é rejeitado.
Nesses casos, é necessário indicar uma conta válida em nome do titular e solicitar a reprogramação do pagamento pelo portal e-CAC.
Problemas no sistema bancário
Nem sempre, o problema no pagamento está na declaração. Às vezes, a restituição não é depositada no dia previsto por falhas temporárias no sistema bancário ou por atrasos no processamento dos pagamentos.
Essas situações costumam se resolver sozinhas, e o valor geralmente cai no dia útil seguinte. Se o atraso persistir por mais de dois dias, é recomendável entrar em contato com o Banco do Brasil para confirmar o status do depósito e garantir que a restituição seja efetivada corretamente.
Leia também | Existe antecipação de Imposto de Renda para negativados?
Consultar restituição IRPF e aproveitar para cuidar do seu Serasa Score
Ao consultar restituição IRPF, é possível não apenas acompanhar o pagamento do imposto, mas também aproveitar para cuidar da saúde financeira. Esse é o momento ideal para verificar o Serasa Score, conferir pendências e receber dicas para aumentar a pontuação, garantindo mais segurança na hora de solicitar crédito, financiamentos ou cartões.
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Perguntas frequentes sobre restituição IRPF
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