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Conta conjunta: o que é e como funciona?

Saiba o que é, como funciona e se vale a pena ter uma conta corrente conjunta.

Publicado em: 30 de abril de 2024

Categoria Carteira DigitalTempo de leitura: 6 minutos

Texto de: Time Serasa

cartão de crédito

A conta conjunta é uma ferramenta que pode auxiliar na administração das finanças de uma família ou ser útil para a realização de um projeto coletivo (por exemplo, juntar fundos para fazer uma viagem com amigos).

Confira um guia completo sobre conta conjunta. E entenda o que é, como funciona, para que serve, vantagens e desvantagens e ainda um passo a passo para abrir uma conta do tipo.

Assista | Conta conjunta: vale a pena?

Conta conjunta: o que é e como funciona

Conta conjunta é uma conta corrente que tem duas ou mais pessoas como titulares – ou seja, dois ou mais CPFs atrelados à conta. Cada banco ou instituição financeira pode definir esse limite (algumas instituições permitem que quatro pessoas participem da mesma conta). 

Na conta conjunta, todos os titulares podem movimentar a conta, ter acesso a extratos, realizar transações financeiras. No entanto, essa liberdade depende do tipo de conta conjunta.

Leia também | Conta conjunta: o que é, como funciona e mais

Tipos de conta conjunta

Os 2 tipos de conta conjunta que existem são:

  1. Conta conjunta solidária: todos os titulares podem movimentar a conta de maneira individual; ou seja, sem precisar pedir permissão aos demais titulares. Cada um recebe o próprio cartão de débito e crédito para realizar as transações financeiras.

  2. Conta conjunta não solidária (ou simples): cada transação financeira dependerá da aprovação de todos os titulares da conta. A aprovação é feita via assinatura digital ou física.

    Leia também | Planejamento financeiro familiar: o que é e por onde começar

Conta conjunta: para quem é destinada?

Engana-se quem acha que a conta conjunta é destinada somente para quem juntou as escovas de dentes.

A conta conjunta pode, na verdade, ser aberta por qualquer pessoa acima de 18 anos de idade, independentemente do estado civil ou grau de parentesco com os demais titulares.

  • Assim, os titulares de contas conjuntas podem ser pessoas:
  • ●     casadas ou em união estável;
  • ●     que moram juntas ou não;
  • ●     familiares;
  • ●     amigos;
  • ●     sócios em empresas (neste caso, é mais interessante ter uma conta PJ).


E mais: não é preciso abrir uma nova conta corrente para que ela seja conjunta. Uma conta individual já existente pode ser transformada a qualquer momento em uma conta conjunta. Basta entrar em contato com o banco para formalizar a solicitação e enviar a documentação dos demais titulares. 

Leia também | Planejamento financeiro familiar: veja como evitar dívidas

Mas na conta conjunta, de quem é o dinheiro?

Essa é uma das principais dúvidas de quem está interessado em abrir uma conta conjunta.

Para esclarecer, o dinheiro da conta conjunta pertence a todos os titulares. E é por isso que todos têm direito à movimentação do dinheiro e do crédito disponível, incluindo depósitos, saques, transferências e pagamentos de contas. 

A diferença fica apenas no nível de liberdade da movimentação: na conta conjunta solidária, não é necessário pegar autorização dos demais titulares, enquanto na não solidária será preciso sempre ter a assinatura de todos para qualquer transação financeira. 

Leia também | Como dividir as contas do casal

Existe conta conjunta digital?

É mais comum encontrar a opção de conta conjunta em bancos tradicionais. Mas alguns bancos digitais, como o C6, por exemplo, oferecem contas compartilhadas que se assemelha muito à conta conjunta.

Leia também | Qual o melhor banco digital para guardar dinheiro?

Lista de bancos que oferecem conta conjunta

  • Alguns dos bancos que oferecem conta conjunta são:
  • ●     Itaú;
  • ●     Bradesco;
  • ●     Caixa Econômica;
  • ●     Banco do Brasil;
  • ●     Santander;
  • ●     Digi +.


Leia também | Finanças entre casal: posso ser cobrado pela dívida do meu cônjuge?

Como abrir uma conta conjunta?

O procedimento de abertura de conta conjunta é basicamente o mesmo de uma conta corrente ou poupança comum.

A diferença é a necessidade de apresentar os documentos e comprovantes exigidos de todos os titulares. 

  • Cada banco ou instituição pode solicitar determinados documentos, mas em geral são pedidos: 
  • ●     RG;
  • ●     CPF;
  • ●     comprovante de residência;
  • ●     comprovante de renda;
  • ●     formulário preenchido e assinado pelos titulares. 


Vale dizer que também existem opções de abertura de conta conjunta 100% digital – que podem ser oferecidas (ou não) pelos bancos.    

Basicamente, o passo a passo para abrir uma nova conta conjunta é:

  1. Escolha a instituição financeira que quer abrir a conta;

  2. Junte os documentos necessários para a abertura (de todos os titulares);

  3. Vá até uma agência do banco (no caso de bancos tradicionais);

  4. Escolha qual tipo de conta conjunta quer fazer (solidária ou não solidária);

  5. Preencha o formulário de abertura de conta conjunta fornecido pelo banco com dados de todos os titulares;

  6. Revise e assine o contrato;

  7. Faça um depósito inicial;

  8. Configure o internet banking ou o aplicativo. Pronto!

  • Passo a passo para transformar uma conta corrente regular em conta conjunta:  
  • ●     Vá à sua agência junto com a pessoa que quer incluir na conta e apresente documento original e cópia do RG, CPF e comprovante de residência do segundo titular.
  • ●     Na agência, o novo titular deve preencher o formulário (em alguns bancos a pessoa já recebe um cartão de débito provisório na hora).
  • ●     Pronto! O prazo para inclusão do novo titular é, em média, de 10 dias úteis.

 

Leia também | Planejamento financeiro familiar: veja como evitar dívidas

Afinal, vale a pena ter uma conta conjunta? Quais as vantagens e desvantagens

Essa análise precisa ser feita de forma individual. Mas para ajudar na tomada de decisão, confira algumas vantagens e desvantagens da conta conjunta.

Vantagens da conta conjunta:

  • ●     Melhor organização do orçamento doméstico e do planejamento familiar;
  • ●     possibilidade de juntar mais dinheiro em menos tempo para realizar sonhos ou investimentos financeiros;
  • ●     ter uma conta conjunta para aplicar a reserva de emergência;
  • ●     melhor controle de gastos.

Desvantagens da conta conjunta:

  • ●     Falta de privacidade no uso do dinheiro da conta;
  • ●     necessidade de pedir autorização dos demais titulares a cada movimentação (no caso de conta conjunta simples);
  • ●     risco de conflitos sobre as movimentações financeiras que podem ocasionar discussões e problemas no relacionamento.

Se um dos titulares morrer, o que acontece com a conta conjunta?

Na conta conjunta solidária, em que todos movimentam livremente o dinheiro, o saldo da conta precisa ser inventariado no caso de morte de um dos titulares.   

No entanto, o titular sobrevivente pode movimentar 50% da conta livremente (se a conta for compartilhada só entre duas pessoas), mas será obrigatório apresentar extratos da movimentação. 

No caso de um conta conjunta com quatro titulares, por exemplo, cada um terá direito a 25% do saldo. Se um deles falecer, é o montante dessa pessoa que será objeto de inventário e partilha de bens. 

No entanto, é preciso avaliar cada situação, pois, conforme o tipo de conta, o acordo feito entre as partes e o testamento deixado pelo falecido, a situação pode mudar.  

Leia também | Dívida de falecido: como é paga a dívida de quem morreu?

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