Controle financeiro: o segredo para uma vida saudável

Saiba por que ter um controle financeiro é uma das formas mais eficientes de se manter livre das dívidas e de ter uma vida tranquila

Homem fazendo umas contas em sua casa para fazer um controle financeiro e ter uma vida financeira mais saudável

colunista Fabiana Ramos

Publicado em: 02 de maio de 2022.

De acordo com o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Brasil elaborado pela Serasa, o número de inadimplentes no nosso país ultrapassou a marca dos 65 milhões de pessoas. Pessoas que, em sua grande maioria, não sabem cuidar do seu dinheiro, nem muito menos sabem fazer um controle financeiro.

Justamente para evitar que situações assim contiuem acontecendo é que insistimos no ensino da disciplina de educação financeira nas escolas. Crianças que recebem esse aprendizado desde pequenas, crescem com mais consciência, tornando-se adultos mais saudáveis, financeiramente falando.

Mas o que fazer para melhorar esse quadro? Confira agora 7 dicas de como organizar suas finanças através do controle financeiro.

Afinal, o que é o controle financeiro pessoal?

O controle financeiro pessoal nada mais é do que a adoção de um hábito que te permite conhecer o caminho que o dinheiro que chega às suas mãos percorre. Tem por finalidade, além de proporcionar qualidade de vida, melhorar e otimizar a utilização das suas finanças com vistas a atingir os seus objetivos.

Somente por meio do controle financeiro é que você sabe exatamente o quanto tem de renda, para onde vai seu dinheiro, ou seja, de que forma ele é gasto, e como você pode melhorar a organização da sua vida financeira.

Tudo isso vai muito além de sair do vermelho e saber a melhor forma de pagar o cartão de crédito. É por meio desse controle que você aprende a poupar mais, a gastar de maneira inteligente, a ter um score alto, a investir o seu dinheiro (a fim de multiplicá-lo) e a realizar os seus sonhos.

Como fazer o controle financeiro pessoal?

Para fazer um controle financeiro eficiente, você vai precisar de informações, de dados. E o que seriam esses dados? Seriam os registros de todas as entradas e saídas de dinheiro que acontecem dentro de um mês.

Isto permitirá que você conheça o seu padrão de consumo e a forma como gasta o seu dinheiro. Fará você entender o que é um custo fixo e o que é um custo variável, o que é essencial, o que é importante, mas não essencial, e o que é supérfluo na sua vida.

Veja a seguir 7 recomendações de como fazer o controle financeiro:

1. Adote uma planilha ou uma tabela financeira

A melhor maneira de fazer esse controle é com uma planilha ou tabela financeira , onde os gastos poderão ser agrupados por categorias. Desta forma, você terá uma visão global de onde poderá economizar, diminuindo ou até mesmo eliminando certos gastos.

Você também pode preferir um aplicativo de celular (hoje em dia existem muitos aplicativos de controle financeiro, como Guia Bolso, Mihas Economias, Mobills, Olívia, Organizze…) ou até mesmo o velho e bom papel e caneta. Escolha um método que seja o mais confortável para a sua realidade.

Assista | PLANILHA DE GASTOS: como fazer seu controle financeiro

2. Estabeleça um teto de gastos para cada categoria

Você poderá estabelecer um teto, um valor máximo de gastos para cada categoria, dividindo a sua renda de acordo com os valores propostos.

• Moradia
• Alimentação
• Saúde
• Educação
• Lazer
• Transporte
• Cuidado pessoais
• Projetos futuros

Lembre-se sempre de não gastar toda a sua renda. Separe uma parte para a realização dos seus projetos futuros, até mesmo para não ter aquela sensação de trabalhar apenas para pagar contas.

3. Verifique onde é possível economizar

Sempre podemos economizar em algum gasto. Se a categoria de transporte está muito alta, podemos substituir alguns trajetos que costumamos fazer de carro por outras alternativas:

• Dependendo da distância, substituir o carro por uma caminhada ou pela bicicleta;

• Adotar a “carona coletiva”, isto é, fazer um rodízio de carro com os colegas de trabalho (cada um fica responsável pelo transporte em um dia da semana);

• Diminuir a utilização de transporte por aplicativo

Se a alimentação está levando uma parte considerável do nosso salário, podemos substituir algumas marcas no supermercado por outras mais baratas, podemos levar marmita para o trabalho, ou reduzir o uso de aplicativos de comida, etc.

4. Defina um valor para guardar por mês

Não podemos deixar para guardar dinheiro apenas se sobrar. A “poupança” deve ser intencional. Somos nós que precisamos decidir fazer com que o dinheiro sobre, caso contrário, ele nunca sobrará.

Uma boa forma de fazer isso é estabelecer que essa “poupança” será o nosso primeiro e mais importante gasto. Ao receber o salário ou a renda, a primeira coisa a ser feita, antes do pagamento de qualquer outra conta, é separar aquela quantia que nós determinamos como sendo a nossa primeira retirada do mês.

5. Comece a formação de sua reserva de emergência

E o que fazer com esse dinheiro que “sobrou”? Se você ainda não tem uma quantia separada para cobrir eventuais imprevistos, chegou o momento de construir uma reserva de emergência.

Imprevistos acontecem na vida de todos nós e, como o próprio nome diz, é impossível prever quando isso vai acontecer. E nada melhor do que estarmos precavidos quando eles acontecerem.

Imagine o que aconteceria com a sua vida caso você perdesse o emprego de uma hora para outra? O que aconteceria caso um familiar precisasse de um tratamento médico não coberto pelo plano de saúde? Precisamos estar preparados para esse tipo de situação.

A reserva de emergência é uma quantia que equivale a uma média de 6 meses do seu custo mensal. Comece construindo aos poucos, mas não protele mais essa decisão.

6. Invista o seu dinheiro

Aprender a poupar e a controlar suas finanças é o primeiro passo para uma vida financeira mais tranquila. Mas, como vimos, precisamos poupar dinheiro e aprender o que fazer com ele.

Deixar o dinheiro na caderneta de poupança não é uma forma inteligente de investir, uma vez que existem produtos de investimento que, apesar de serem mais seguros, ainda são mais rentáveis.

É o caso dos títulos do Tesouro Selic, por exemplo. Esses são títulos da dívida pública que o governo federal emite para financiar as suas atividades (como a construção de escolas, de hospitais, de rodovias e pontes, as atividades de segurança, de saneamento básico, etc). Ao comprar um título do Tesouro, você está emprestando dinheiro ao governo e este te devolverá o dinheiro pagando um juro por esse empréstimo.

7. Aprender continuamente sobre educação financeira

A Serasa tem um conteúdo gratuito e completo que vai te ensinar o passo a passo para colocar as finanças em dia e fazer o seu controle financeiro pessoal: chama-se Trilha Financeira. E mais, além de ser ministrado por instrutores renomados, todos os alunos que completarem 100% do curso vão receber um certificado.

Faça sua inscrição e corra para assistir!

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