Renda extra em casa: 7 ideias para começar
Renda extra em casa: 7 ideias para começarData de publicação 13 de novembro de 202518 minutos de leitura
Publicado em: 13 de novembro de 2025
Categoria CréditoTempo de leitura: 18 minutosTexto de: Time Serasa
De repente, chega a notificação de que o benefício do INSS foi cancelado porque informações fornecidas no cadastro não correspondiam à realidade. Ou aparece a cobrança de um serviço contratado em valor muito acima do combinado. Situações como essas, em que dados verdadeiros foram alterados ou apresentados de forma incorreta para obter vantagem ou prejudicar alguém, podem gerar dor de cabeça e causar prejuízos. Muitas vezes, têm origem em um crime chamado falsidade ideológica.
A falsidade ideológica ocorre quando alguém altera ou inventa informações em documentos para obter vantagem ou prejudicar terceiros. É mais comum do que se imagina e pode estar por trás de fraudes financeiras, falsificação de contratos e até uso indevido de CPF.
É fundamental entender como esse crime funciona, o que diz a lei e, principalmente, como se proteger. Neste texto, vamos falar sobre tudo isso.
Quando se fala em falsidade ideológica, há quem pense em documentos falsos, como um RG ou CPF fabricado. Mas não é exatamente disso que se trata. A falsidade ideológica ocorre quando alguém altera, omite ou insere informações falsas em um documento verdadeiro com a intenção de obter vantagem ou prejudicar outra pessoa.
Ou seja: o documento existe de fato, mas as informações que estão ali foram manipuladas para contar uma versão que não corresponde à realidade. Isso pode ocorrer de duas formas: omitir uma informação que deveria constar ou inserir dados falsos. Em ambos os casos, há a intenção de enganar, obter vantagem indevida ou causar prejuízo a alguém.
Para que a falsidade ideológica seja caracterizada, três elementos são essenciais:
| Elemento | O que significa |
|---|---|
| Documento verdadeiro | O documento existe de fato e não é falsificado. |
| Falsidade no conteúdo | As informações inseridas no documento são falsas, diversas da realidade ou foram omitidas. |
| Finalidade específica | A alteração ou omissão foi feita com o objetivo de produzir efeitos jurídicos, como criar obrigação ou obter vantagem indevida. |
Sem esses três elementos, não se configura o crime de falsidade ideológica. Além disso, não é necessário que haja prejuízo efetivo a outra pessoa. Basta a possibilidade de dano.
No Brasil, esse crime está previsto no Código Penal. O artigo 299 estabelece que quem “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante” comete falsidade ideológica.
O crime, portanto, pode ocorrer em diferentes tipos de documentos, que se dividem em duas categorias principais:
Leia também | Antifraude CPF: como proteger seus dados contra golpes
A falsidade ideológica não se manifesta só em grandes esquemas ou fraudes sofisticadas. Também pode acontecer em pequenas ações e quem sofre as consequências só percebe o problema depois do estrago.
Situações comuns desse crime incluem:
Mentir em registros públicos ou certidões oficiais
A falsidade ideológica também ocorre quando alguém altera, omite ou inventa informações em documentos oficiais. Isso pode acontecer em certidões de nascimento, casamento ou óbito para receber benefícios indevidos, como pensões e heranças. Outro exemplo comum é a inserção de dados falsos em históricos escolares ou diplomas para conquistar vagas de emprego ou promoções ou ter acesso a cursos de nível superior sem ter a qualificação necessária.
Essas práticas não apenas configuram crime, como também abalam a confiança que a sociedade deposita nos documentos públicos.
Mentir ou omitir dados na declaração do Imposto de Renda
Algumas pessoas mentem ou manipulam dados na declaração do Imposto de Renda com a intenção de pagar menos imposto ou aumentar o valor da restituição. É o caso, por exemplo, quando alguém inventa despesas médicas, inclui dependentes inexistentes ou omite rendimentos recebidos ao longo do ano.
Embora muita gente veja esse tipo de conduta como uma forma de driblar o sistema, a realidade é que se trata de fraude fiscal e crime previsto em lei. A Receita Federal cruza informações de forma cada vez mais precisa e rápida, o que aumenta muito as chances de identificar inconsistências.
As consequências vão além da devolução do valor indevido. Podem incluir multas pesadas, autuações e até processos criminais, dependendo da gravidade da fraude.
Modificar cláusulas ou dados em contratos assinados
A falsidade ideológica também se manifesta quando alguém altera informações em contratos já assinados, seja para obter vantagem financeira ou prejudicar outra pessoa. Pode incluir mudanças em datas, valores, nomes, prazos de pagamento ou outras condições contratuais.
Mesmo pequenas alterações podem causar prejuízos e gerar disputas jurídicas complexas. Um contrato de aluguel com datas alteradas pode levar à cobrança de valores que não existem, por exemplo. Ou um contrato de prestação de serviços com cláusulas adulteradas pode ser usado para justificar inadimplência ou atrasos, prejudicando a parte que cumpriu suas obrigações.
Adulterar atestado médico
Adulterar atestados médicos é uma forma de falsidade ideológica por ser usado para justificar faltas no trabalho ou conseguir licenças remuneradas indevidas. No caso, o médico emite o atestado dizendo que a pessoa precisa se afastar por cinco dias, quando a ausência real seria de apenas um dia.
Fraudar pedidos de benefícios previdenciários
Fraudar pedidos de benefícios junto ao INSS é um tipo de falsidade ideológica muito danoso. Ocorre quando alguém insere ou omite informações em formulários e documentos verdadeiros para antecipar aposentadoria, conseguir auxílio-doença, bolsa ou outro benefício previdenciário a que não teria direito. Na prática, isso se traduz em ganhar recursos públicos indevidamente. E em causar prejuízo a quem precisa do benefício.
Na vida real, a falsidade ideológica pode se manifestar de formas variadas. Alguns exemplos:
● alterar o período de contribuição no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) para completar tempo de serviço exigido;
● apresentar documentos com vínculos empregatícios fraudulentos para somar tempo de contribuição;
● incluir dependentes inexistentes para aumentar valores de pensão ou auxílio;
● usar atestados e laudos médicos com informações falsas para obter auxílio‑doença ou aposentadoria por invalidez.
Falsificar idade para obter benefícios ou participar de programas
A falsidade ideológica também se manifesta quando alguém declara idade diferente da real para obter vantagens que dependem dessa informação. Isso pode acontecer, por exemplo, ao informar idade menor ou maior em concursos, processos seletivos, programas de benefícios sociais, inscrições em eventos esportivos ou culturais, ou até para receber benefícios previdenciários.
Fraudar autodeclaração racial para ingressar em vagas por cotas
Fraudar a autodeclaração racial para usufruir de vagas reservadas por políticas afirmativas é outro exemplo de falsidade ideológica no Ensino Superior. Ocorre quando a pessoa se declara pertencente a um grupo racial específico (negro, pardo ou indígena, conforme a política da instituição) quando essa declaração não corresponde à realidade, com o objetivo de obter vantagem no processo seletivo.
Nesses casos, o candidato preenche formulários ou declarações com informação falsa sobre sua raça ou cor, às vezes apresentando documentação ou testemunhos que sustentem a versão inventada. Em outras situações, a pessoa pode omitir elementos que a impediriam de se enquadrar nas cotas (por exemplo, vínculos raciais comprováveis) ou se valer de descrições subjetivas para construir a aparência de pertencimento.
Alterar notas escolares ou acadêmicas para favorecer ou prejudicar alunos
A falsidade ideológica também pode ser verificada no ambiente educacional, quando alguém altera registros de desempenho acadêmico para beneficiar um aluno. É o caso, por exemplo, do professor ou coordenador que muda as notas de uma prova ou trabalho que o estudante não obteve de fato.
O objetivo pode variar: garantir a aprovação, melhorar a classificação em processos seletivos internos ou externos, ou permitir acesso a bolsas de estudo e programas educacionais que dependem do desempenho acadêmico.
Omitir endereço real para conseguir vaga em escola
Pais que omitem ou alteram o endereço de residência para garantir ao filho vaga em escola considerada melhor ou mais próxima de determinada área também comete falsidade ideológica.
Informar um bairro ou CEP que não corresponde ao local de residência, criando a aparência de que a criança reside dentro da zona de atendimento da instituição, constitui falsidade ideológica. Essa ação permite que o aluno tenha acesso a vagas que, de acordo com as regras de matrícula, não estariam disponíveis para ele.
Quem pratica falsidade ideológica comete crime e, por isso mesmo, está sujeito a consequências legais sérias.
O Código Penal prevê pena de reclusão e multa, que varia conforme o tipo de documento envolvido:
A pena é mais severa para documentos públicos porque a falsidade não afeta apenas uma pessoa, mas toda a coletividade, que confia na veracidade desses registros para efeitos legais.
Além disso, se o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções, a pena pode ser aumentada em 1/6. Isso acontece porque a posição de confiança do servidor torna a conduta mais grave. É o caso, por exemplo, de um escrivão de cartório que registra informações incorretas em uma certidão de nascimento ou no registro de um imóvel. Ou, então, de um agente de trânsito que insere dados falsos em auto de infração.
As consequências da falsidade ideológica, no entanto, se estendem além da esfera criminal. Quem comete o crime também pode sofrer consequências civis, como, por exemplo, pagar indenização à vítima pelos prejuízos causados. Qualquer negócio ou contrato baseado em documentos falsos pode ser anulado judicialmente.
Provar que alguém foi vítima de falsidade ideológica pode não ser simples, porque, na maioria das vezes, o documento usado no crime é verdadeiro em sua forma. O que está errado não é o papel em si, mas as informações declaradas nele. É essa característica que torna a identificação mais difícil e exige atenção redobrada.
Um dos primeiros sinais de alerta é quando aparecem informações que não condizem com a realidade. Pode ser uma data que não bate com registros oficiais, um valor incompatível com a renda de quem declarou ou dados divergentes de outros documentos válidos. Outro indício comum é quando o autor do documento mostra pressa excessiva, evita apresentar comprovações ou dá explicações confusas sobre informações simples.
Muitas vezes, é o próprio efeito do documento que revela a fraude. Exemplos disso são a cobrança de uma dívida desconhecida, a abertura de conta bancária em nome de terceiros sem autorização, a obtenção de benefício previdenciário de forma suspeita ou até a matrícula em instituição de ensino com dados falsos.
Para comprovar a falsidade, o ideal é reunir o máximo de provas possíveis: cópias de documentos, registros oficiais, comprovantes, testemunhas e até históricos digitais que mostrem inconsistências. Cruzar essas informações ajuda a demonstrar que o conteúdo declarado não corresponde à realidade.
Também é importante registrar boletim de ocorrência e, se necessário, acionar a Justiça para pedir a anulação do ato praticado com base na falsidade. Em casos mais complexos, pode ser necessário solicitar perícia técnica em documentos ou sistemas, o que reforça a importância de contar com apoio jurídico especializado.
No fim, o mais relevante é agir rápido: quanto antes os indícios forem documentados e apresentados, maiores são as chances de reparar os danos e responsabilizar quem praticou a fraude.
Leia também | Leis de crimes virtuais: conheça e proteja-se
A falsidade ideológica é comum em situações cotidianas, mas, muitas vezes, é confundida com outros crimes que também envolvem engano. É o caso da falsidade material, da falsa identidade e do estelionato. A distinção entre eles está no tipo de falsificação ou mentira utilizada e na forma como ela é praticada.
Apesar de todos terem em comum a intenção de induzir alguém ao erro, cada crime possui um foco específico e gera consequências jurídicas próprias.
Confira as principais características:
| - | Falsidade ideológica | Falsidade material | Falsa identidade | Estelionato |
|---|---|---|---|---|
| O que é? | Documento verdadeiro com conteúdo falso. | Documento físico falsificado ou adulterado. | Uso indevido de identidade de terceiros. | Engano ou fraude para obter vantagem econômica. |
| Exemplo | Declarar renda falsa em contrato de aluguel. | Criar um diploma universitário que nunca existiu. | Usar CPF e nome de alguém para abrir conta ou fazer compras. | Vender um produto que não existe ou usar documento falso para receber pagamento. |
| Foco do crime | A mentira está no conteúdo do documento. | A falsidade está no próprio documento. | Apropriação indevida da identidade de outra pessoa. | Obtenção de vantagem patrimonial indevida. |
| Previsão legal | Art. 299 do Código Penal | Art. 297 e 298 do Código Penal | Art. 307 do Código Penal | Art. 171 do Código Penal |
Leia também | Como denunciar crimes virtuais no Brasil
A falsidade ideológica pode acontecer de forma involuntária quando se fornecem informações incorretas em documentos, contratos ou formulários. Por isso, a melhor forma de prevenção é adotar práticas simples, mas rigorosas, para garantir que tudo esteja correto e verídico.
O ponto de partida é simples: mantenha sempre a veracidade em todas as informações prestadas. Não invente, omita ou altere dados em documentos oficiais, cadastros, contratos ou registros em cartório.
O ponto de partida é simples: mantenha sempre a veracidade em todas as informações prestadas. Não invente, omita ou altere dados em documentos oficiais, cadastros, contratos ou registros em cartório.
Detalhes que parecem pequenos, como declarar um endereço diferente ou alterar o estado civil para facilitar algum processo, podem parecer inofensivos, mas levar a sérias consequências. Mesmo quando não há a intenção de prejudicar outra pessoa, fornecer informações falsas para obter uma vantagem já pode ser suficiente para configurar crime.
Leia tudo com atenção antes de assinar
Muita gente acaba envolvida em casos de falsidade ideológica por assinar documentos sem conferir o que está escrito. A pressa, a confiança em terceiros ou a ideia de que se trata apenas de uma formalidade faz com que validem informações que não correspondem à realidade.
Por isso, revise cada detalhe antes de assinar qualquer papel, seja contrato de aluguel, financiamento, matrícula escolar ou declaração de imposto. Valores, prazos, datas, endereço, renda declarada e até nomes das partes precisam ser checados com atenção. Assinar sem conferir é assumir a responsabilidade total pelo conteúdo, mesmo que o documento tenha sido preenchido por outra pessoa.
Evite declarar ou assinar em nome de outra pessoa
Declarar informações ou assinar documentos em nome de outra pessoa sem ter autorização formal é uma das maneiras mais claras de falsidade ideológica. Muitas vezes, isso acontece dentro da própria família ou no ambiente de trabalho, quando alguém resolve agilizar um processo assinando no lugar do outro.
A única forma de agir legalmente em nome de outra pessoa é por meio de procuração formal, registrada em cartório, ou outro instrumento jurídico válido. Fora dessas hipóteses, qualquer assinatura ou declaração feita no lugar de alguém, mesmo que com boa intenção, pode ser enquadrada como crime.
Empresas, escritórios e instituições que lidam com grande volume de documentos precisam criar processos internos rigorosos para garantir a veracidade das informações. Pequenos deslizes em cadastros, contratos ou registros oficiais podem se transformar em grandes problemas.
Práticas recomendadas incluem:
Conferência dupla ou tripla de dados: revisar formulários e contratos em mais de uma etapa ou por diferentes responsáveis;
Uso de documentos autenticados ou certificados: sempre que possível, exigir comprovação formal para evitar declarações falsas;
Padronização de formulários e processos: criar modelos claros e objetivos reduz falhas e diminui a chance de omissões ou adulterações.
Treinamento da equipe: capacitar funcionários para identificar inconsistências e compreender os riscos jurídicos da falsidade ideológica.
Com a digitalização de quase todos os serviços, grande parte dos documentos e registros que antes eram apenas em papel agora circulam pela internet. Isso traz praticidade, mas também aumenta o risco de golpes e fraudes, especialmente quando dados sensíveis caem em mãos erradas.
Proteger senhas, logins e acessos a sistemas que armazenam informações pessoais ou profissionais é essencial para evitar que terceiros utilizem esses dados de forma indevida. Uma simples invasão de e-mail ou vazamento de senha pode permitir que criminosos preencham contratos, cadastros ou solicitações de benefícios em nome de outra pessoa.
Práticas que ajudam a manter a segurança digital incluem:
Crie senhas fortes e diferentes para cada serviço, evitando combinações óbvias como datas de nascimento;
Ative a autenticação em dois fatores (2FA) sempre que disponível, adicionando uma camada extra de proteção;
Evite compartilhar dados sensíveis por mensagens, e-mails ou aplicativos sem criptografia;
Mantenha softwares e antivírus sempre atualizados para reduzir vulnerabilidades.
Nem sempre é fácil entender a linguagem ou as exigências presentes em contratos, declarações e formulários oficiais. Termos técnicos, cláusulas complexas ou mesmo detalhes aparentemente simples podem esconder obrigações legais que passam despercebidas. Por isso, diante de qualquer incerteza sobre o conteúdo de um documento, a veracidade de uma informação ou a forma correta de preenchê-la, o mais seguro é buscar orientação de um especialista, como um advogado.
Leia também | WhatsApp de Agiota: os riscos desse crime e alternativas legais de empréstimo
A falsidade ideológica ocorre quando informações falsas ou alteradas são inseridas em documentos verdadeiros para obter vantagens indevidas, podendo levar a problemas sérios, como dívidas indevidas ou restrições no CPF.
Por isso, é fundamental monitorar o status e a situação do seu CPF. O Serasa Premium oferece acompanhamento em tempo real, envia alertas sobre qualquer movimentação suspeita e ajuda a agir rapidamente, garantindo mais segurança e controle sobre sua vida financeira.
O Serasa Score é uma das principais pontuações de crédito do mercado e reflete o histórico financeiro do consumidor. A pontuação vai de 0 a 1.000 e indica a probabilidade de conseguir crédito em instituições financeiras. Quanto maior a pontuação, maior a facilidade de conseguir um empréstimo, financiamento ou cartão de crédito.
Data de publicação 13 de novembro de 202518 minutos de leitura
Data de publicação 13 de novembro de 202512 minutos de leitura
Data de publicação 7 de novembro de 20258 minutos de leitura