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Mercado financeiro: saiba o que são derivativos

Derivativos são operações financeiras que protegem os investidores de situações de risco. Entenda como funciona.

pessoas estudando sobre mercado financeiro


Autor: Mariana Furlan

Publicado em 28 de fevereiro de 2023

O vocabulário do mercado financeiro está cheio de conceitos próprios, que parecem difíceis de entender para quem está de fora desse meio. Qualquer pessoa, porém, pode começar a investir, pois esse conhecimento está acessível a todos. Os derivativos financeiros estão entre esses conceitos, embora seja um tema mais complexo para investidores iniciantes.  

A seguir vamos entender o que significam e para quem esses contratos são indicados.  

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O que são derivativos?

Derivativos são um produto financeiro, um tipo de contrato entre duas partes, indicado para quem quer se proteger das oscilações do mercado ou busca oportunidades de lucro. O nome indica a função: é uma operação que deriva de um ativo (ativos são itens que podem ser transformados em dinheiro). Isso significa que o contrato terá seu valor atrelado ao preço de outro ativo, que pode ser físico (como soja, petróleo ou ouro) ou financeiro (como ações, taxas de juros ou moedas). Assim, o preço da negociação fica preestabelecido.  

No mercado de derivativos temos quem busca proteção e quem está fazendo a especulação ou proteção. Sim, é possível comprar ou vender proteção, algo semelhante à contração de seguros. 

Esses contratos são negociados na bolsa de valores e no mercado de balcão.  

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Origem dos derivativos

Apesar de ser uma modalidade bastante utilizada no mercado financeiro atual, o mecanismo de derivativos remonta ao comércio de milhares de anos atrás, que sempre lidou com a incerteza. Olhando para o passado fica mais fácil entender. Agricultores da antiguidade negociavam previamente a safra e já fixavam o valor dos contratos para se proteger da mudança repentina de preço dos produtos.  

Hoje não mais é preciso negociar produtos físicos para estar no mercado de derivativos, apesar de esse modelo ainda servir ao negócio agrícola. 

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Quem pode investir em derivativos?

O mercado de derivativos permite a movimentação de baixos valores, por isso muitas pessoas físicas estão aderindo a esse tipo de investimento, que também pode ser executado por pessoas jurídicas.  

Para investir nessa operação é preciso necessariamente ter conta em corretora de valores. Determine seu perfil de investidor e sua estratégia. A partir dessas definições as corretoras poderão sugerir investimentos.  

O cliente pode aderir aos derivativos como instrumentos de proteção para outro investimento, como em operações sujeitas à variação de câmbio. Ou o investidor pode se colocar no mercado no outro lado da ponta, lucrando com as flutuações de preços.   

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Exemplo prático

As negociações agrícolas são um bom exemplo para entender uma operação de derivativos. Vamos supor que um produtor de soja esteja planejando a colheita dos grãos para daqui a 90 dias e que hoje o produto esteja com um bom valor de mercado, de R$160 a saca. Com receio de que esse preço baixe quando chegar a hora da colheita, ele pode negociar a venda da soja previamente, fixando o valor de R$160 e se comprometendo com a data de entrega. 

Dessa forma, o produtor tem certeza de quanto receberá. Por sua vez, a parte compradora da negociação conta com a possibilidade de alta no mercado. Se o preço da saca de soja atingir R$170 no momento de liquidar o contrato, o comprador fica com esse lucro de R$10 se negociar o ativo. Isso é o que se chama especulação: com base em estimativas, o investidor aposta em um cenário positivo.  

Há vantagens e desvantagens para ambos. O investidor que garantiu o preço fica seguro quanto à venda, mas pode deixar de lucrar se o ativo valorizar no futuro. A parte especulativa que apostou no cenário positivo pode lucrar, mas também está assumindo o risco de investir mais do que precisaria caso o preço caia.  


Tipos de derivativos  

Esse tipo de operação tem 4 modalidades principais. Vamos entender cada uma delas:  

 

Contrato a termo 

É um acordo de compra e venda de um ativo com preço pré-fixado, que será liquidado em uma data determinada. O ajuste de valores ocorre apenas no final do contrato. É um modelo bastante usado na agricultura: o produtor vende a safra futura com preço previamente determinado, com data fixada para entregar o produto.  

 

Contrato futuro 

É parecido com o contrato a termo. Trata-se de compra e venda de ativo em uma data no futuro. Mas nesse caso há um ajuste diário nos preços, de acordo com a flutuação do mercado. Por isso, vendedor e comprador precisam fazer desembolsos frequentes para compensar perdas e ganhos. 

 

Opções 

As opções são contratos que dão o direito de comprar ou vender um ativo por um preço fixo em uma data futura, mas não há obrigação para isso. Dessa forma, o investidor pode completar a negociação apenas se for conveniente no momento. Porém, o vendedor da opção tem a obrigação de efetivá-la se o investidor finalizar a transação. Para ter acesso a essa modalidade, o investidor precisa pagar uma taxa. 

 

Swap 

Essa modalidade é um acordo entre duas partes que também tem prazo para encerrar, mas permite que os envolvidos troquem os indicadores financeiros durante o período de contrato, o que diminui os riscos. Os investidores negociam a troca de rentabilidade. Por exemplo: um contrato que em princípio fixou preços conforme a variação do dólar pode trocar essa referência pela variação da libra esterlina, se isso for mais favorável.  

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