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Qual a importância da reserva financeira para mães solo?

Entenda como uma reserva financeira pode ajudar mães que cuidam sozinhas da criação de filhos. Confira também 8 dicas para organizar as contas.

Publicado em: 11 de abril de 2023

Categoria Consultar ScoreTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Mãe com sua filha e seu notebook para ilustrar artigo sobre reserva financeira para mães solo

Todas as pessoas adultas deveriam se preocupar em fazer uma reserva financeira. Para quem é mãe solo, ou seja, cuida sozinha de uma ou mais crianças, ter esse recurso traz mais segurança. Afinal, chefiar uma casa e ser a única responsável pela criação dos filhos, além de exaustivo fisicamente, é uma grande preocupação financeira, que traz uma carga mental gigante para essas mulheres.  

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil cerca de 12 milhões de mulheres são as únicas responsáveis pelos cuidados com filhos e filhas; 63% das mulheres chefes de família estão abaixo da linha da pobreza. 

Para explicar o que é uma reserva financeira, sua importância e como começar a guardar dinheiro para emergências, preparamos este conteúdo focado para mães solo.  

Assista | Violência patrimonial: saiba identificar

O que é reserva financeira e qual sua importância?

Reserva financeira é dinheiro guardado, o famoso “pé de meia”. Quem tem uma reserva financeira poupou, economizou, guardou parte do dinheiro que ganha todos os meses em alguma conta bancária, poupança, fundo de investimento.   

O objetivo dessa poupança é ter um montante reservado, suficiente para manter as contas em dia caso ocorra alguma situação inesperada, como demissão, carro quebrado, filho doente. São situações do dia a dia que surgem sem aviso.  

Para uma mãe solo, que muitas vezes não conta com apoio financeiro do genitor da criança, esse cuidado com as contas pode precisar ser ainda maior. A importância de ter uma reserva financeira é se proteger diante de diversos imprevistos. Quem conta com uma boa reserva dificilmente precisará solicitar empréstimos para custear gastos emergenciais ou modalidades de crédito caras, como cheque especial e rotativo do cartão.   

Leia também | Finanças para mulheres: como começar a aprender sobre o tema? 

Quanto devo ter de reserva financeira?

Especialistas em educação financeira recomendam reservar o equivalente a pelo menos 3 meses de renda para garantir um “colchão de proteção” para imprevistos. O melhor, porém, é ter no mínimo o equivalente a 6 meses de renda. No melhor dos mundos, 12 meses. 

Assim, se alguém recebe salário de R$ 2.000 por mês, deveria ter R$6.000 poupados (3 meses), R$12.000 (6 meses) ou R$24.000 (12 meses de reserva). 

O melhor é colocar esse dinheiro em algum fundo que o faça render com juros ao longo do tempo.  

O ideal é alocar o dinheiro da reserva financeira em investimentos de renda fixa de baixo risco e alta liquidez, como títulos Tesouro Selic ou fundos DI com baixa taxa ou taxa zero. 

Leia também | Investimento para iniciantes: qual é a melhor opção? 

Como fazer reserva financeira? 8 dicas práticas para mães solos

Começar a construir uma reserva de emergência pode parecer complicado, ainda mais quando se tem filhos e se lida com custos variáveis o tempo todo (remédio, consulta médica, alimentação, fraldas, material escolar, entre outros).  

A boa notícia é que, depois de dar o primeiro passo, começar a guardar dinheiro fica cada vez mais fácil e se torna um hábito que dificilmente você vai querer abandonar.  

Com alguns ajustes, é possível começar a reserva financeira agora mesmo. Confira as dicas abaixo:  

  1. Faça um planejamento financeiro anual 

    Primeiro de tudo: organize sua vida financeira! Sabemos que com crianças em casa é difícil ter tempo de sentar no computador ou pegar o bloco de papel para anotar tudo que entra e sai da conta, mas essa prática é fundamental.  

    É por meio dela que será possível enxergar toda a situação das contas no momento e encontrar possibilidades de ajustes e cortes.  

    Colocar as contas no papel, na planilha ou no aplicativo, ajuda a enxergar de forma clara para onde está indo o dinheiro todos os meses. Dessa forma, fica mais fácil ter o controle da vida financeira. 


  2. Liste e detalhe todas as suas despesas  

    Após fazer todo o planejamento, é necessário conhecer todos os gastos mensais de forma detalhada. Por meio dessa prática, é possível identificar os “gastos invisíveis”, aquelas despesas menores que, embora pareçam inofensivas, corroem parte importante do orçamento no fim do mês.  

    Aproveite para separar “cotas” para cada tipo de despesa. Por exemplo: supermercado, farmácia, açougue, higiene, limpeza, cuidados pessoais, itens para os filhos. Quanto é preciso gastar com cada um desses segmentos?  

    Depois, é hora de passar o pente fino e reduzir custos, enxugar o orçamento para conseguir descobrir o quanto conseguirá poupar todos os meses.  

    Leia também | Lista de compras de supermercado: como atender as crianças? 


  3. Se estiver com dívidas, coloque a casa em ordem  

    Antes de formar sua reserva financeira, é essencial estar com as contas em dia, sem dívidas, com o nome limpo.  

    Se após passar o pente fino ainda não for possível quitar possíveis débitos, avalie contratar um empréstimo para esse fim.  

    Algumas linhas de crédito, como empréstimo com garantia ou consignado, têm juros mais baixos do que modalidades mais comuns, como empréstimo pessoal e cheque especial.  


  4. Priorize o dinheiro da reserva de emergência 

    Não dá para guardar dinheiro somente se sobrar algo na conta no fim do mês. É preciso enxergar o valor que quer poupar como se fosse um boleto, que precisa obrigatoriamente ser pago a você mesma.  

    Com o planejamento feito e cortes de tudo que for desnecessário, é possível descobrir qual valor você consegue retirar do salário para poupar todos os meses.  

    Dica: comece mesmo que seja com um valor baixo (R$50 por exemplo). Você verá que aos poucos será possível aumentar essa cota todos os meses. Afinal, você estará mais organizada e gastando menos.  


  5. Busque seus direitos 

    Ser mãe solo pode ser escolha ou necessidade. Em qualquer situação ela tem direitos que podem ser solicitados. Esses direitos podem ajudar a aliviar as finanças e até mesmo a compor a reserva financeira. 

    Ainda durante a gestação é possível buscar o auxílio-maternidade do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O auxílio é concedido nos casos de nascimento do bebê, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial com finalidade de adoção. 

    O prazo de duração do benefício pode variar: nos casos de nascimento ou adoção é de 120 dias. O valor também varia de acordo com o tipo de emprego e contribuição. 

    Outro direito que uma mãe solo pode buscar, caso queira, é solicitar a pensão para o genitor da criança, mesmo sem ter existido casamento e desde a gestação.  

    A Lei de Alimentos Gravídicos 11804/2008 possibilita à gestante o pleito judicial de uma pensão para custeio das despesas decorrentes da gravidez, bastando apresentar no pedido inicial indícios de paternidade. 

    Outro avanço para as mães solo que pode estar prestes a ocorrer é a aprovação do Projeto de Lei 2099/20, que prevê o pagamento mensal e permanente de R$1.200 a mães solo e chefes de família.  

    Para começar a valer é necessário que o PL também passe pelas aprovações do Senado e da presidência. Porém, ainda não há previsão de quando ocorrerão as próximas análises e votações do projeto. 

    Leia também | Licença-maternidade: o que é e como funciona 


  6. Se possível, contrate um plano de saúde 

    Pagar um plano de saúde parece não ter nada a ver com fazer uma reserva financeira. Afinal, é o contrário de poupar, certo? Mas quando se tem uma ou mais crianças em casa as idas a hospitais, emergências e consultas de rotina são mais intensas.  

    Claro que é direito de todos ter acesso gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde), mas ter um plano particular pode trazer mais tranquilidade e evitar gastos muito altos caso ocorra alguma emergência ou se a criança precisar de atendimento periódico em algumas especialidades (fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, entre outras).  


  7. Visite creches e escolas públicas e conheça as iniciativas das prefeituras para crianças e adolescentes 

    Pagar escola particular para crianças e adolescentes, material escolar, curso de idioma, aulas de esportes custa muito.   

    Se tudo isso já está em seu orçamento mensal, busque conhecer o que existe de gratuito disponível para a faixa de renda de seus filhos na cidade em que moram.  

    A economia que poderá vir servirá para compor a reserva de emergência da família. 


  8. Cuide da saúde e da atividade profissional 

    Sim, é pesado cuidar dos filhos sozinha, administrar as contas da casa, fazer compras de supermercado, cozinhar e lavar as roupas, levar e buscar na escola, ajudar nas lições de casa e ainda trabalhar fora. É sem dúvida uma enorme carga para muitas mulheres, sobretudo as mães solo.  

    Ainda assim, é importante tentar se colocar na agenda e cuidar da própria saúde e carreira profissional. Afinal, é preciso estar bem, saudável, para conseguir cuidar dos filhos, ter uma fonte de renda para manter a família e montar a reserva financeira. 

    Continue acompanhando o blog da Serasa caso queira ter acesso a outros conteúdos sobre finanças e educação financeira. Até a próxima!  

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O Serasa Score é a pontuação de crédito da Serasa que varia de 0 a 1.000 e reflete o histórico do comportamento financeiro e a probabilidade de o consumidor pagar suas contas em dia nos próximos meses. Quanto mais alta a pontuação, maior a facilidade de conseguir crédito. 

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