Contas da casa: como se organizar financeiramente
Contas da casa: como se organizar financeiramenteData de publicação 7 de maio de 20259 minutos de leitura
Atualizado em: 16 de setembro de 2025
Categoria Consultar ScoreTempo de leitura: 10 MinutosTexto de: Time Serasa
Conquistar a tão sonhada independência tem vantagens, mas também tem um preço. Por isso é importante saber quanto custa para morar sozinho e como se preparar. A decisão representa assumir gastos extras e responsabilidades diferentes das existentes quando se divide moradia com familiares ou amigos.
A escolha tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, quase um em cada cinco lares no país é ocupado por apenas uma pessoa. Os chamados domicílios unipessoais já representam 18% do total.
O crescimento reflete uma mudança no estilo de vida dos brasileiros, que estão buscando mais autonomia, privacidade e liberdade para organizar a própria rotina, mesmo que isso signifique arcar com todos os custos.
Antes de dar esse passo, no entanto, é essencial fazer as contas. Confira, neste artigo, quais são os gastos para morar sozinho, o que considerar no orçamento, dicas para organizar as finanças sem sufoco e muito mais.
Para entender quanto custa para morar sozinho, é fundamental fazer um bom planejamento financeiro. Embora os principais tipos de despesas sejam semelhantes, os valores podem variar bastante de acordo com a cidade, o estilo de vida e até o tipo de moradia escolhido. Colocar tudo na ponta do lápis é essencial para dar esse passo com mais segurança e evitar dores de cabeça no orçamento.
Para ter uma ideia mais clara dos custos envolvidos, veja o passo a passo a seguir. Ele ajudará a mapear quanto custa para morar sozinho e montar um orçamento inicial realista.
Antes de tudo, é preciso saber exatamente quanto você ganha por mês. Se tiver uma renda variável, como freelas ou comissões, vale calcular uma média dos últimos três ou seis meses.
Nesse cálculo, o ideal é manter uma margem de segurança, considerando uma média um pouco abaixo do real para não comprometer o orçamento em meses mais apertados.
O aluguel costuma ser o maior gasto fixo. Pesquise os valores praticados nos bairros em que gostaria de morar e considere também taxas adicionais, como condomínio e IPTU.
Além disso, no momento da contratação do aluguel, é comum que o locador exija uma garantia. Uma das formas mais utilizadas é a caução, um valor adiantado equivalente a até três meses de aluguel. Essa quantia pode ser devolvida ao fim do contrato, caso o imóvel seja entregue em boas condições e todas as contas estejam quitadas. É um custo inicial importante que deve entrar no seu planejamento.
Além do valor do aluguel, é importante considerar no planejamento gastos fixos como:
Listar todos os gastos ajuda a entender quanto custa em média para morar sozinho, garantindo que a renda seja suficiente para cobrir todos os custos sem aperto.
Vale destacar que algumas despesas podem ou não ser cobradas separadamente, a depender do tipo de imóvel. Por exemplo, em muitos prédios, o consumo de água já está embutido no valor do condomínio. Em outros, a cobrança é feita de forma individual. Antes de se mudar, é importante verificar como essas cobranças funcionarão no imóvel escolhido.
Quem vai morar sozinho pela primeira vez pode precisar comprar móveis, eletrodomésticos e utensílios básicos. Reserve um valor para esse investimento inicial.
Ter um fundo de emergência é essencial. Ele ajuda a lidar com situações inesperadas, como problemas de saúde, demissões ou consertos no imóvel. Além disso, mudar de casa pode gerar gastos extras e imprevistos, por mais bem detalhado que esteja o seu planejamento.
Contar com uma reserva financeira traz mais segurança e tranquilidade para situações inesperadas.
Organizar as finanças por escrito, seja numa planilha, aplicativo de organização financeira ou caderno, é fundamental para visualizar quanto custa morar sozinho e se planejar para esse momento.
Mesmo depois da mudança, é interessante manter o hábito de acompanhar e registrar tudo o que entra e sai do orçamento. Essa organização evita surpresas e ajuda a manter o controle das finanças no dia a dia para alcançar objetivos maiores.
Depois de somar todos os custos, certifique-se de que a renda é suficiente para cobrir as despesas com folga. O ideal é que os gastos fixos não comprometam mais do que 60% da renda total
Leia também | Como registrar receitas e despesas e se organizar
A primeira decisão a tomar quando surge o projeto ou a necessidade de morar sozinho é: em que lugar morar?
Essa resposta dependerá dos objetivos e do estilo de vida de cada pessoa. Algumas pessoas preferem morar mais perto do local de trabalho. Outras querem ficar próximas de familiares ou amigos. Há também quem prefira lugares mais afastados e tranquilos. O local é fator fundamental no preço da moradia e influenciará o cálculo de quanto custa para morar sozinho.
Ao escolher um lugar para morar sozinho, é importante observar os seguintes itens:
Em relação ao apartamento ou casa, também é importante observar:
Uma lista dos fatores principais a serem levados em conta e uma análise dos bairros que estão de acordo com as opções do futuro morador são pontos iniciais para a procura por imóveis.
Para saber quanto custa para morar sozinho, é preciso tomar uma segunda decisão: é melhor alugar ou financiar um imóvel?
Essa escolha é muito pessoal, pois leva em consideração a renda do interessado em morar sozinho.
Caso queira conquistar o imóvel próprio, é importante considerar fatores essenciais na hora de financiar:
Quem não se encaixar nos quesitos para financiar, deve procurar a opção do aluguel, também com valor adequado à renda mensal do pretendente.
Leia também: 7 dicas para conseguir financiar um apartamento.
Para saber quanto custa para morar sozinho, é preciso dividir as despesas em duas: os custos de preparação para a mudança e os custos no dia a dia após a mudança.
Custos para preparar a mudança:
No pós-mudança, no dia a dia de morar sozinho, é preciso levar em conta os custos fixos mensais, inclusive prevendo eventuais variações de:
Os especialistas sugerem que o interessado em morar sozinho produza uma planilha com todos os itens que precisa comprar, os respectivos valores e a média de despesas fixas. A listagem ajuda a enxergar necessidades e definir prioridades.
➔ Confira também: Como fazer uma lista de compras de supermercado?
Está com dificuldade para calcular quanto custa para morar sozinho? Ainda que alguns valores possam oscilar, é possível ter uma boa estimativa seguindo um cálculo simples, com base nos gastos fixos e variáveis.
Os gastos fixos são aquelas despesas de todos os meses, geralmente com valores iguais ou semelhantes. Não têm muita variação e fazem parte do custo de vida básico. Alguns exemplos são:
Os gastos variáveis também ocorrem todo mês, mas o valor pode mudar bastante de acordo com os hábitos, as decisões e o estilo de vida da pessoa. Alguns exemplos são:
Depois de listar todos os gastos fixos e variáveis, some os valores para saber quanto custa em média para morar sozinho. Observe o exemplo simulado abaixo para calcular corretamente:
Despesa | Valor estimado |
---|---|
Aluguel | R$ 1.500 |
Condomínio | R$ 300 |
Energia elétrica | R$ 200 |
Gás | R$ 150 |
Alimentação | R$ 700 |
Internet | R$ 120 |
Transporte | R$ 400 |
Lazer e despesas pessoais | R$ 300 |
Total mensal | R$ 3.670 |
Saber quanto custa para morar sozinho no Brasil pode ser um bom parâmetro para quem planeja dar esse passo com mais segurança. Segundo simulação do planejador financeiro Tiago Almeida, feita para o E-Investidor, seria necessário ter uma renda líquida de R$ 5.137,88 por mês para manter uma boa qualidade de vida no país.
O cálculo tomou como base valores médios de despesas básicas dos brasileiros em 2024, como aluguel, alimentação, transporte, contas de consumo (luz, água e internet). O especialista ainda prevê uma reserva para lazer e imprevistos como parte essencial deste planejamento.
Para ajudar a definir quanto custa para morar sozinho, uma lista de móveis essenciais é fundamental para estabelecer prioridades. Vale ressaltar que não é necessário comprar tudo de uma vez, o ideal é começar pelos itens básicos e, aos poucos, ir completando o espaço de forma funcional e confortável.
Ter uma listagem com os principais móveis da casa pode ajudar a estabelecer prioridades de compra e evitar gastos impulsivos. Confira abaixo sugestões de itens básicos para cada ambiente.
● Cama com colchão;
● Guarda-roupas ou cômoda;
● Mesa de cabeceira;
● Luminária;
● Cortinas.
➔ Imperdível: como fazer a reserva de emergência e se preparar para imprevistos.
Na hora de calcular quanto custa para morar sozinho, também é necessário considerar a compra de eletrodomésticos para a casa. Além de representarem um gasto significativo na mudança, escolher bem esses itens pode garantir praticidade no dia a dia e até ajudar a economizar na conta de luz.
No início, para usar com inteligência o valor reservado para essa compra, vale lembrar que, por mais que você queira montar uma casa completa, não é preciso adquirir tudo de uma vez. Muitos itens podem esperar e ser comprados aos poucos. Priorize os eletrodomésticos essenciais, como:
Avaliar o que é realmente necessário ajuda a equilibrar o orçamento e evita gastos desnecessários logo no início.
Ao morar sozinho, é importante se organizar financeiramente para lidar com as despesas mensais. Entender quais contas fazem parte dos principais gastos para morar sozinho ajuda a montar um orçamento realista e a evitar surpresas no fim do mês.
Entre os principais custos fixos estão:
Além dos custos fixos, existem as despesas variáveis, que também precisam estar previstas dentro do orçamento de quem pretende dar esse passo. No entanto, essas despesas são mais fáceis de serem controladas. Alguns exemplos são:
Sim, quem mora sozinho pode ter direito ao Auxílio Brasil, mas é preciso se enquadrar nos seguintes critérios:
➔ Confira também: 8 dicas práticas para aumentar o score antes de fazer um financiamento imobiliário.
Avalie seu momento financeiro: certifique-se de que está pronto para a responsabilidade e que sua renda cobre os custos básicos;
Levante os custos necessários: liste e calcule todas as despesas fixas e variáveis para entender quanto custa em média para morar sozinho e ajustar seu orçamento;
Quite dívidas e crie uma reserva de emergência: tenha as contas em dia e uma reserva para cobrir de 3 a 6 meses de despesas inesperadas;
Escolha a região e o tipo de moradia adequado: considere segurança, acesso e custo-benefício para selecionar o imóvel ideal;
Negocie aluguel, condomínio e outras taxas: garanta que o aluguel não comprometa mais do que 30% da sua renda e confira todas as taxas extras;
Planeje a compra dos móveis e eletrodomésticos essenciais: priorize o básico e aproveite opções usadas para economizar.
Organize a mudança com antecedência: faça um checklist, embale com cuidado e programe a logística para evitar estresse.
Aproveite a experiência: adapte-se com paciência à nova rotina e às responsabilidades e comemore sua independência!
Morar sozinho pode parecer difícil, mas com preparação esse passo pode ser dado de forma mais tranquila e sem comprometer a saúde financeira. Quer entender melhor esse passo a passo? Assista ao vídeo abaixo e confira as dicas do Klébio Damas para o Serasa Ensina:
Mais importante do que se preparar financeiramente para a primeira mudança, é saber manter o controle dos gastos mensais após a conquista de morar sozinho. Por isso, aprender a se organizar e entender o mundo das finanças é essencial. Conte com os conteúdos gratuitos do canal da Serasa no YouTube e WhatsApp sobre educação financeira.
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